quinta-feira, 1 de maio de 2014

Hartenberg Weisser Riesling 2008 #CBE


Todo dia primeiro de cada mês é dia do post sobre o vinho escolhido por um confrade a confraria brasileira de enoblogs.

Para o feriado do dia do trabalho, o vinho a ser degustado foi escolhido pela confrade Evelyn Fligeri, e consistia em um vinho com a uva Riesling.

Não é muito fácil termos diversidade em se tratando de Riesling, pelo menos no Rio de Janeiro. Tanto que aqui estou eu escrevendo o post e o vinho que escolhi foi escolhido também por outro confrade, o Jonas do Simplificando o Vinho. Fora essa, os confrades Jorge e Juliana também acabaram por escrever sobre o mesmo vinho.

A Riesling é uma variedade de casca fina, acredita-se que sua origem seja a Alemanha e para muitos críticos é a variedade branca mais requintada. O país que mais tem área plantada é a Alemanha, seguida dos EUA (!), França e Australia. A Austria, conhecida por ter bons exemplares, por incrível que pareça é a quinta, logo após a Australia. A África do Sul, terra desse que bebi, e o Brasil, ficam agrupados no "outros".

Mas não se enganem: não é muito plantada, e fora da Alemanha, França (Alsácia, que um dia foi território alemão e onde a Riesling é a rainha, de onde para muitos saem os melhores exemplares feitos com a uva), e Austria é difícil encontrar um bom exemplar.

O termo Weisser apenas tenta referenciar a origem germânica da cepa, visto que existem muitos clones, inclusive um de casca avermelhada, e até variedades que possuem o nome "Riesling" mas não são parentes dela, como a Riesling Itálico por exemplo.

Confesso que procurei um vinho brasileiro, mas infelizmente não o encontrei. O último Riesling que bebi foi o Leyda Single Vineyard Neblina Riesling. Esse agora eu encontrei na adega bistrô em Itaipava, e não hesitei em comprá-lo, mesmo sendo de 2008, o que ligou meu desconfiômetro.

Mas vamos ao que interessa, pois gostei do tema. Acho que realmente vale a pena sair do lugar comum, e pelo que tenho lido dos blogs dos colegas, o pessoal está realmente ampliando bem os horizontes no quesito vinho.

Na taça tinha essa bela cor aí:


Ao nariz, diferentemente do comumente atribuído, encontrei frutas de leve, além de uns traços minerais e alguma coisa tostada e "adocicada", uns traços meio amanteigados ou coisa parecida.

Na boca se mostrou um vinho agradável, a acidez característica balanceada com o dulçor passou longe infelizmente, deixando apenas a sensação doce e um finzinho meio amargo, com uma impressão de calda queimada.

Não foi uma experiência ruim, mas sinceramente parece que já teve o seu tempo, contrariando a fama de envelhecerem bem dos bons vinhos feitos com a uva.

Nota -> 3 de 5.

Preço -> R$60,00 na adega bistrô, em Itaipava. Você pode encontrá-lo aqui mas achei caro.

Site -> Hartenberg Estate.

Fontes -> livros sobre vinhos, wikipedia e sites na internet.

2 comentários:

  1. Olá,
    A África do Sul não produz bons Rieslings. Para meu gosto, brancos de lá só Chenin Blanc, Semillon e Sauvignon Blanc. Os Chardonnays acho muito pesados. Se ainda não experimentou, tente os Rieslings da Nova Zelândia e Austrália. Eles têm ótimos exemplares feitos com esta casta.
    Abraço,
    Duarte/SP

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    1. Olá, Duarte.
      Realmente ainda não experimentei os Rieslings da Oceania, e concordo a respeito dos Chenin Blanc sulafricanos, são realmente muito bons!

      Abraços e obrigado pela visita!
      Felipe.

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