terça-feira, 24 de setembro de 2013

Corralillo Sauvignon Blanc 2011 - post de número 200!


Figurando em um fim de semana excelente, este Corralillo foi aberto no sábado à tarde e finalizado no domingo à hora do almoço.

Cor amarelo palha clarinho, brilhante, bem transparente. Aroma de fruta branca madura bem nítido, novamente surgiu a apreensão de um sabor supermaduro à boca.

Que bom que não se confirmou.

Na boca, a acidez está lá mas há um quê mineral, muito presente, chega a ser salgadinho ao final. Chega a ser mais intensa que a do EQ Coastal, bebido anteriormente.

Em alguns momentos o álcool chegou a ser notado e parece que ele vai se perder para algum lado, acidez, álcool ou mineral, mas ele acaba funcionando direitinho.

Menos elegante que o EQ, mas ainda assim um bom vinho.

Nota -> 4 de 5 (ganhou mais meio ponto mais uma vez por conta da Isis rs).

Site -> Matetic.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Leyda Single Vineyard Garuma Sauvignon Blanc 2012


A Leyda já esteve por aqui em 3 ocasiões: o Reserva Sauvignon Blanc, o Single Vineyard Neblina Riesling e o Pinot Noir 2011.

No post do Reserva Sauvignon Blanc, há um breve resumo da história da Leyda. Gostei bastante, era hora de provar o top da cepa.

De cor amarelo-palha, este ao nariz trazia um aroma cítrico muito gostoso, com pouquíssimo vegetal, que aumentou no que sobrou dele no dia seguinte.

Na boca muito frescor e mineralidade, nada exagerado, limpa a boca. Sinceramente um vinhaço. Bons momentos frente ao calor bizarro do fim de semana.

A safra 2010 ganhou 93 pontos no guía descorchados 2011.

Vou tentar agora o Sauvignon Gris.

Nota -> 4.5 de 5.

Preço ->  R$ 78,00 na Grand Cru.

Site -> Leyda.

Don Abel Rota 324 Cabernet Sauvignon 2005



Provei esse rótulo no circuito brasileiro de degustação. Na ocasião, já havia comprado a garrafa direto do site, por conta dos rasgados elogios feitos a ele.

Realmente o vinho é bom, gostoso de ser bebido.

Já possui uma cor denotando evolução, o nariz é repleto de frutas, algo doce bem leve, alguma especiaria/erva. Apenas 6 meses de barricas, e na minha opinião está ótimo.

Na boca um frescor interessante, álcool dá uma esquentadinha boa no palato, taninos marcam presença sem incomodar. Combinei com queijos (gorgonzola, cablanca, e aquele Van Gogh que é tipo o Old Dutch Master, os 3 são os meus preferidos atualmente) e ficou muito bom.

Meu caro colega blogueiro Louco Por Vinhos acredito não ter tido sorte, pois o exemplar dele estava já na descendente.

O meu estava vivinho (literalmente rs), difícil era controlar o tempo entre-goles.

O preço pago está em linha com outros sulamericanos de mesma qualidade. Na minha visão, tinha de ser mais barato por ser brasileiro e estar à venda aqui mesmo, mas aí a gente entra novamente no assunto do preço...

Nota -> 4 de 5.

Preço -> R$75,00 (sem frete) em 08/04/2013. No site hoje já custa R$83,00.

Site -> Don Abel.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Altivo Vineyard Selection Torrontés 2010


Mais um torrontés de Salta. Os de Mendoza são bem distintos, mais florais e adocicados.

Este foi na linha do esperado, com bem mais acidez e menos flor, mas apresentou algo cítrico bem forte lembrando limão. Aqui, o frescor é quem manda.

Acompanhou comida mas confesso que funcionaria melhor sozinho.

Eugenio Bustos foi o precursor da cultura vitivinícola na região do vale do Uco. A série Altivo é feita de vinhos oriundos de parcelas únicas de vinhedos.

Curiosidade: 20% do vinho teve contato com madeira de Acacia durante 3 meses.

Nota -> 3.5 de 5. (Ganhou mais meio ponto por conta da companhia).

Preço -> não lembro, em restaurante.

Site -> Altivo Wines (Finca Eugenio Bustos).

Degustação Taylor's (Porto)

30 de Agosto de 2013. Último dia útil do mês, lá fomos eu e Isis à degustação de vinhos do Porto da Taylor's, promovida pela Confraria Carioca.

A Confraria Carioca sempre proporciona boas degustações, com tiragostos de primeira e muita simpatia, sempre num ambiente descontraído e aconchegante. Engraçado ver as pessoas passarem no corredor do shopping e se perguntarem "que evento é esse?"

Bem, se elas soubessem, certamente participariam. Tratava-se de uma degustação de vinhos do Porto da Taylor's, onde seriam abertos até os grandes Tawny de 30 e 40 anos.

Fomos recebidos com um drink chamado Portonica, feito com vinho do porto branco e soda, com um raminho de hortelã. Parecia um mojito, mas confesso que era mais refrescante. Eu gostei, Isis não.



A degustação (na verdade uma aula de vinho do porto, ministrada pelo Fernando Seixas, gerente de exportação da Taylor's) mesmo começou com o Porto Taylor's First State Reserve, um Ruby que passa 4 anos em madeira. Bem jovem, taninos muito perceptíveis, um vinho de sensação bem doce, realmente para sobremesa e para harmonizações do tipo. Esse vinho é o início da linha dos Ruby. Achei honesto, Isis não gostou. Achei caro porém.



Aí veio o que pra mim foi o melhor custo x benefício da noite. O LBV (Late Bottled Vintage) 2007. São 6 anos de madeira, num vintage simplesmente pronto. Delicioso, harmônico apesar de estrutura bastante notável na boca. Segundo a Isis, top!


Daí fomos para os Srs. Tawny. O primeiro dos tawny foi o 10 anos. Esse fica em barricas pequenas, algo de ervas ao nariz, com passas, frutas doces ou algo de compota. Bem perto do mel, álcool bem notado.

O 20 veio quase junto com ele, a sensação de mel se intensifica, muito fácil de se beber, a doçura é a mesma e o final é enorme. Incrível como ainda se nota um leve herbáceo. Pra mim o melhor da noite, pra Isis tambem!


Olha a diferença das cores deles na taça (o 10 é o mais avermelhado):


O trintão veio suave, ainda álcool, mas o engraçado foi que dá uma sensação de mais "presença" que o 20.


O último da noite foi o 40 anos, ainda se acha fruta, impressionante como a sensação de madeira se reduziu (?!), menos dulçor, mais álcool, e ainda com acidez.



E aí está o 40:



Foi uma experiência única e todos os vinhos se encontram à venda na Confraria Carioca.

sábado, 7 de setembro de 2013

Casa Valduga Identidade Gewurztraminer 2012


Havia bebido esse vinho safra 2011. Ainda não estava com essa classificação Identidade, aliás achei bem interessante esse trabalho da Valduga, em definir o terroir e dar um nome a ela.

Cor amarelo-palha com reflexos esverdeados. Muito aromático, nos faz lembrar de frutas brancas maduras, talvez algo floral e de ervas. No rótulo diz haver algo de maçãs verdes, peras e lichias.

Na boca uma ótima acidez , untuosidade, preenche a boca, bem gostoso, com um final "azedinho" e toques picantes. Faz jus ao nome, "gewurz" significa tempero/especiaria. Bem elegante, se faz notar sem exageros.

Realmente na boca dá pra notar a maçã verde. Delicioso. Menos doce que os Alsacianos, porém esse azedinho do fim nos faz notar que facilmente passaria a um vinho meio-seco.

Dizem que essa uva casa bem com queijo münster (bem fedorento) e salmão defumado. Ainda não tentei...

(Mais) Um belo vinho da Valduga! Recomendo aos amantes dos brancos.

Identidade corresponde ao terroir de Encruzilhada do Sul, na serra do sudeste gaúcho.

Nota -> 4 de 5.

Preço -> R$ 39,90 no Hortifrutti.

Site -> Casa Valduga.

Morandé Gran Reserva Syrah 2003


Toda vez que você compra ou ganha um vinho com uma certa idade, sempre acende aquela dúvida: será que tá bom?

Pois bem... Vento gelado na quinta-feira, uma vontade grande de comer uns queijinhos, lá fui eu no Zona Sul. Ao chegar em casa, a dúvida: o que abrir?

Eis que esse Syrahzão se mostrou e pensei: "chegou tua hora."

Este é um "Senhor" de respeito. Aos 10 anos se mostrou bem aromático, as especiarias clássicas da Syrah, numa cor tendendo prum tijolo. Uma intensidade notável ao nariz.

Na boca uma estrutura aveludada, merece uma decantação das boas, dá uma esquentada na boca, sinceramente um vigor interessantíssimo para um vinho de 10 anos. Há algo de ervas nele. Um bom vinho.

Tava com saudade da Syrah... Sempre uma coisa boa que ela apresenta.

Nota -> 3.5 de 5.

Preço -> 0800!

Site -> Morandé.

domingo, 1 de setembro de 2013

Cartuxa Colheita Branco 2010 #CBE


E lá vamos nós para o segundo post da Confraria Brasileira de Enoblogs.

O tema desse mês foi proposto pelo Cristiano do Vivendo Vinhos: "Chegou a minha vez de indicar o tema do mês, e como agosto é mês dos pais, e o meu como todo bom gaúcho gosta de chimarrão e churrasco, pegunto aos amigos: Qual vinho do Velho Mundo vc abriria com um bom Churrasco??? Até R$ 150".

Pois bem, eu como não como mais carne vermelha, tive que optar por algo assim mais alternativo.

Depois da devida autorização do Cristiano (rs) quem foi pra grelha foi um belo peixe. E para acompanhar, um clássico alentejano: Cartuxa Colheita Branco.

Este vinho associa a sua qualidade ao nome dos monges Cartuxos, que desde 1587 levam uma vida solitária de oração no Convento de Santa Maria Scala Coeli, em Évora. Foi produzido pela primeira vez em 1986.

Feito com as uvas Arinto e Antão Vaz, é fermentado em cubas de inox e tem estágio de 10 meses sobre borras finas com bâtonnage regular.

Se você quer saber o que é bâtonnage, dê uma passadinha nesse post do MondoVinho.

É um vinho que demora a se abrir, fechadão, de um amarelo bem claro e bonito. Mas depois traz aromas frutados bem suaves, com um fundo doce.

Na boca é que ele se mostra, tem bom corpo, acidez chama a atenção e há uma presença mineral, com o famoso azedinho dos portugas do Alentejo, que fica na boca e mostra que se trata de um belo vinho. Muito boa a persistência.

Mais classudo que o comumente encontrado, eu realmente acho os brancos portugueses muito bons. A Isis adorou.

Deu conta do peixe direitinho, na verdade, roubou a cena.



Nota -> 4 de 5.

Preço -> não lembro mas é mais difícil encontrar o branco que seu irmão tinto; o tinto está em praticamente todos os mercados que têm adega ou algo do tipo aqui no Rio de Janeiro.
No site garrafeira nacional sai a ótimos 7,90 euros. Até quando seremos acharcados?

Site -> Cartuxa.