terça-feira, 19 de agosto de 2014

Koyle Reserva Syrah 2011



Koyle Reserva Syrah 2011: bebi há um tempo o Koyle Reserva Malbec 2011, gostei muito. Hoje, com esse clima delicioso no Rio de Janeiro, decidi comprar um Syrah. Tava em mente o Canelo Syrah da Leyda, mas vi esse e decidi testá-lo.

Apresentação: mais uma garrafa borgonhesa do estilo da do post anterior (RAR). Leve corte de 7% de Malbec.

Visual: o vinho é muito púrpura, textura densa mas não chega a ser totalmente turvo. Nariz: quando abri, nossa, subiu muita coisa: baunilha, flores, tostado leve de fundo, frutas vermelhas (engraçado que ao fundo). O chato é que quase tudo sumiu muito rápido. 

Paladar: textura sedosa, taninos presentes mas nada agressivos. As frutas se repetem, sente-se o gosto de madeira, com um viés doce. A acidez é boa e o vinho é suculento. Gostoso. Morre rápido. O vinho começou surpreendendo, deu a impressão de ser daqueles vinhos que são mais do que parecem, muito acima da faixa de preço praticada. Mas aí os aromas sumiram e ficou uma relativa tristeza. A boca porém é uma delícia.


Nota -> 3.5 de 5.

Preço -> R$64 na Grand Cru.

Site -> Koyle.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

RAR Collezione Pinot Noir 2011: o melhor?



Este vinho foi recentemente apontado na maior prova de vinhos brasileiros já realizada até hoje (856 rótulos de 108 vinícolas de 7 estados) divulgada durante a Expovinis 2014 como o melhor pinot noir do país. 


RAR significa Raul Anselmo Randon, empresário que tem seu vinhedo em Campos de Cima da Serra-RS, a mais ou menos 1000m de altitude, e engarrafa seus vinhos na Miolo. Também faz um grana padano muito bom mas que tem crescido assustodoramente no preço. Além desse, essa linha Collezione tem o Merlot, o Viognier, um Gewurztraminer e tem o RAR homônimo que é um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, geralmente bem próximo do meio a meio. Já bebi o Viognier em uma degustação e o RAR 2005 (gostei muito desse).

Apresentação: a garrafa é uma releitura da clássica borgonhesa, um pouco mais fina, muito utilizada para os vinhos da PN e no Chile também para alguns Syrah. 

Visual: cor puxando para um rubi, translúcido. Passa a idéia de pouca concentração. 

Nariz: começou muito bem, com frutas frescas e um tostado de leve. Não senti muito do lado rústico da PN. O "fundo de taça" é tostado puro e simples. 

Paladar: é fácil de beber e conserva relativa fruta, embora note-se a madeira claramente. O álcool às vezes aparece um pouco. A concentração é pequena mas a impressão que se tem é que extraíram o máximo de taninos possível. O vinho é bem gostoso mas um dia depois na geladeira ele perdeu bastante, com o nariz praticamente morto e a boca muito rápida. Vale lembrar que usei a bomba para tirar o ar. 

Melhor do Brasil? Eu não posso dizer isso porque provei poucos PN do Brasil, mas certamente é mais harmônico que a maioria dos Chilenos por aí, desde que você termine a garrafa toda no primeiro dia ;-)


Nota -> 3.5 de 5.

Preço -> R$55,9 numa pequena rede de mercados de bairro em Niterói que vende bastante vinho nacional.

 Site -> Miolo.

Santa Helena Selección del Directorio GR Chardonnay 2012



Santa Helena Gran Reserva Chardonnay 2012. De novo ao ver um vinho branco de um vale que até hoje só me mostrou coisa boa, a um preço mais acessível que o de costume, fui instigado a comprá-lo. O vale em questão é o de Casablanca, ali pertinho de Valparaiso. A proximidade com o Pacífico ameniza a temperatura e dá mais frescor aos vinhos, que geralmente apresentam também traços mais minerais.

Apresentação: belo rótulo com uma diagramação bem feita embora eu ache que a frase marketeira da parte inferior poderia ser retirada. São 6 meses de barricas. 

Visual: cor amarelo clara puxando para um dourado. Bem transparente. 

Olfato: frutas maduras, abacaxi bem nítido domina. Manteiga também aparece, com algo de baunilha. No início o álcool dá uma leve queimadinha nas narinas (14%) 

Paladar: em boca as frutas se repetem com o abacaxi dominando novamente. Boa acidez e o final é bem adocicado, sensação provocada pelo nível alcoólico e pelo barril. 

Em 2012 estive no vale de Colchagua, na Casa Silva que é vizinha à Santa Helena. Infelizmente não pude visitá-la pois estava fechada. Possui bons vinhos, gosto bastante do Notas de Guarda.

Um bom vinho mas não é muito o meu estilo. Minha amada Isis adorou então ganhou mais meio ponto!

Nota -> 3.5 de 5.

Preço: R$48,90 no supermercado Pão de açúcar.

Site -> Santa Helena.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Não acredita em terroir? Leia isso...

Muito se discute a respeito do terroir. Uns dizem ser conceito de marketing, outros ampliam esse conceito adicionando o homem como protagonista dele e principal fator de modificação.

Bom, uma coisa é certa: o "endereço" do vinho em breve poderá ser atestado, conforme apontam pesquisadores da Universidade da California Davis.

O texto está em inglês.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Viu Manent: consistência nos brancos e bons preços

Surpreendi-me com o Viu Manent Chardonnay Reserva 2013, em um restaurante. Tanto que recomprei-o (difícil recomprar um vinho mesmo que tenha gostado dele).

Ok, era um momento especial, mas se o vinho for mais ou menos ele não se tornaria bom por conta disso.



Dessa vez provei o Sauvignon Blanc da mesma safra e série (reserva), lembrando que no Chile essas denominações são dadas pelo fabricante, segundo o nível que ele acha que o vinho tem. Muito bom. De novo, traços minerais e um herbáceo agradável, surpreendente para um vale quente como o Colchagua. A acidez é bem gostosa.

Talvez o ano não tenha sido tão quente por lá, não sei...

Fato é que pela faixa de preço dessa linha (entre R$34 e R$40), são vinhos que apresentam uma boa qualidade.



Logo depois pude provar o Chardonnay 2012, que gostei menos que o 2013, por estar mais "doce" mas ainda assim um bom vinho.

Fato é: de novo parabéns à Viu Manent pelos belos exemplares.


Notas -> 3.5 de 5 para o Sauvignon Blanc e 3 de 5 para o Chardonnay.

Preço -> foi em restaurante mas o preço praticado por aí é o informado acima no post.

Site -> Viu Manent.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Ótimo custo benefício do vale de Leyda: LFE Sauvignon Blanc 2012



Luis Felipe Edwards Gran Reserva Sauvignon Blanc 2012.

"Os melhores brancos do Chile vêm dos vales de Casablanca e San Antonio."

Esta frase tem sido repetida à exaustão e confesso que os vinhos dessas duas áreas próximas uma da outra são realmente muito bons.

Não conheço muita coisa do Limarí, que é outro vale/região que também vem apresentando muita coisa boa no quesito brancos, então não posso dizer que essa frase é correta.

Fora as microrregiões que ainda não foram lançadas comercialmente, então acho que é uma frase forte demais no momento.

"Ah, então não é isso?" - Opa, independente dos dogmas e frases eternas, os vinhos desses vales são muito bons, muito bons. Eu mesmo sou um grande fã.

Então, vendo esse vinho oriundo do vale de Leyda, que fica localizado "dentro" de San Antonio, e já passou por aqui com diversos exemplares, a um preço bom, não hesitei em comprá-lo.

O vinho é importado diretamente pelo Pão de Açúcar, muito provavelmente por isso tenham conseguido essa melhor condição.

Bom, na taça apresentou uma amarelo bem bonito, brilhante, com nuances esverdeadas.

No nariz surpreendeu: ótima seleção de frutas de polpa branca, um viés adocicado e certa mineralidade.

Na boca a acidez toma conta, o dulçor é gostoso e as frutas se repetem, bem como a mineralidade ao final, que é bem persistente. Deixa um gosto bom.

Um pouco mais frutado que os outros exemplares que provei vindos do mesmo vale, mas como sabemos que a safra e principalmente a mão do enólogo influenciam bastante, traduziu-se num belo vinho de ótimo custo benefício.

Recomendo a compra, para quem gosta de vinho branco e para quem ainda não bebeu um vinho dos vales costeiros do Chile, que aportam bastante frescor e mineralidade.

São vinhos de elegância e muito saborosos.

Este vinho foi premiado no IWSC em Londres com o trófeu de Brancos Single Vineyard.


Nota -> 4 de 5.

Preço -> R$34,90 no Pão de Açúcar.

Site -> LFE.

Herdade dos Coteis Tinto 2012



Bebi o branco desse vinho e gostei muito. Pelo preço cobrado, apresentou relativa qualidade.

Agora foi a vez do tinto, na verdade a Isis que o comprou, uma meia garrafinha, e sobrou um tico que aproveitei para provar.

É um alentejano correto, bem característico dos alentejanos de entrada, com taninos à mostra e final mais mineral. Vez por outra sente-se algo de fruta.

Vale a pena provar? Claro. É bem gostosinho e "barato". Ou seja, uma vez mais ele atendeu ao esperado.

Nota -> 3 de 5.

Preço -> R$19,90 acho.

Site - > Herdade dos Coteis.