sexta-feira, 19 de junho de 2015

Fattoria Le Puppile Pelofino 2009


Este foi adquirido num bota-fora da Vinci há bastante tempo. É a segunda vez que comprei-o, por conta do sucesso que este vinho fez num jantar na casa de uns amigos há uns anos.

Já possui uma cor "cansada" na taça, um vermelho caminhando pro castanho, porém muito bonito.

Lágrimas lentas e abundantes. Frutas frescas porém não doces dominam e aparecem junto com ervas secas, mas há algo mais. Não gosto do termo "animal" mas tem um quê suadinho, diferente.

Na boca mais fruta e ervas, taninos marcam de forma agradável, "salgadinho", me lembrou em alguns momentos os vinhos Maximo Boschi (brasileiros). Interessante, não tem um traço sequer de dulçor.

Complexidade, para beber devagar. Escoltou bem um bacalhau no alho e cebola com batatas.

Base de Sangiovese (55%), completado por Syrah (30%), Cabernet Sauvignon (10%) e Cabernet Franc (5%).


Nota -> 4 de 5.

Preço -> R$ 58,65 (sem o frete, na segunda vez), num bota-fora da Vinci há muito tempo. Hoje passa dos R$100.

Site -> Fattoria Le Pupille.


In English:

This bottle of wine was bough in an online promotion of a brazilian winestore called Vinci. It is the second time I buy this wine, since the first time was a huge success on a dinner in a friend's house.

Its color is kind of "tired", a fading red, beautiful nevertheless.

Tears roll down calmly. Fresh and not yet ripen fruits invade your nose, together with dry herbs, but there is more. People in the wineblogging like the term "animal", I do not but there is something like that barn in a hot day.

Complex, handed a cod with garlic and potatos very well. To drink slowly.

Blend: Sangiovese (55%), completado por Syrah (30%), Cabernet Sauvignon (10%) e Cabernet Franc (5%).

Grade -> 4 out 5.

Price -> US$20


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Zuccardi Q Malbec 2012

Após o Puklavec, abrimos esse Malbecão.

A linha Q é a linha premium da Zuccardi, a meu ver uma ótima vinícola de Mendoza, eles produzem grandes quantidades e variedades, a partir da Serie A já temos muita coisa boa. Plantam também variedades pouco conhecidas e produzem azeites (alguns realmente bons).

Este é um Malbec daqueles que traduzem a razão desses varietais terem se tornado tão famosos. É exuberante, seja na cor púrpura escura que mancha a taça e nos aromas de violetas, baunilha e frutas negras mescladas no álcool, seja nos taninos muito presentes e no corpo que enche a boca e amarra a língua, pedindo uns momentos para se recompor e tentar entender tudo o que passou por ali.

Um belo vinho, para ser degustado com calma e escoltando alguma comida estruturada, porém cometemos um infanticídio. Está jovem, não agradará a todos os paladares neste momento, embora eu já tenha gostado dele e certamente gostaria de prová-lo daqui uns anos.

Nota -> 3.5 de 5.

Preço -> gentilmente oferecido pelo Camilo.

Site -> Zuccardi.



In English:

Following the Puklavec, we opened this big Malbec.

The Q line is Zuccardi's premium line of wines, for me one of the great Mendoza wineries, they produce great quantities and varieties, and from the A line we unquestionable have beautiful wines. They also make wines from unknown grapes for the most part of winelovers and olive oil, some very good.

This is a good instance of the now well known Argentinian Malbecs. Luxuriant glass dying purple color and violet aromas, together with vanilla and dark fruits. In mouth, alcohol and tannins, in a full-bodied mouth-filling liquor that kidnapp your tongue and makes you ask for a moment to understand everything that had just passed.

A beautiful wine to be tasted calmly and maybe alone, but we do committed an infanticide. It is young and will not please everyone at this moment, although I really enjoyed it and would like to taste it again in a few years.

Grade -> 3.5 out of 5.

Price -> owned by Camilo.

Site -> Zuccardi.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Puklavec & Friends Sauvignon Blanc & Pinot Grigio 2013

Há tempos que não degustava um vinho com meu grande e enófilo amigo Camilo. Nosso paladar se
aproxima então é bom porque fica sempre mais fácil levar ou abrir uma garrafa; embora abrir uma garrafa de vinho nunca tenha sido problema para nós, fora a correria que tem nos impedido.

Enfim, já havia visto esse rótulo em algumas lojas, mas não havia provado. E ao chegar ele logo foi me apresentando à garrafa.

Cores tradicionais de Sauvignon Blancs jovens (amarelo verdeal transparente), muito herbáceo ao nariz (particularmente aprecio), frutas cítricas, uma agradável sensação de frescor.

Na boca a Pinot Grigio dá o "corte" final, fazendo presença naquele gostinho de final de boca, bem característico. A "crocância" dela fica evidente com atenção, mas não é o fio condutor. A sauvignon blanc manda. Frescor confirmado, frutas, ervas, certa mineralidade.

Muito bom de se beber, acaba na velocidade da luz. Recomendo, principalmente pela faixa de preço.

Pra quem gosta de saber os prêmios, ganhou medalha de ouro na IWSC 2013.

Fiquei interessado na linha premium deles, quatro brancos.


Nota -> 4 de 5.

Preço -> um pouco mais de R$30,00

Site -> Puklavec & Friends.

In English:

It has been a long long time since I had the last bottle of wine with my great enofriend Camilo. It is cool to open a bottle together because our taste is quite the same, so we almost always open a good one for both.

Regular Sauvignon Blanc color (greened yellow), herbs on the nose (I do appreciate it), citric.

The Pinot Grigio crispness and final hints ares present, but the Sauvignon Blanc is the boss. Fresh, fruity, more herbs and a little mineral.

Very good and pleasant, ends in lightspeed. Do recommend, specially for the price.

IWSC 2013 gave him a gold medal.

I will look for their premium line.


Grade -> 4 out of 5.

Price -> In BR something close to US$12

Site -> Puklavec & Friends.


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Viña Albali Verdejo 2012


Grande surpresa. Comprado no supermercado Pão de Açúcar, fiquei intrigado pelo preço um pouco acima de R$30,00 e por ser de uma uva "não comercial", e a qual eu ainda não havia provado, e por ser de Valdepeñas.


Não poderia ter sido melhor. De cor forte, amarela, aromas muito frutados beirando o mel. Fiquei preocupado achando que seria algo enjoado, doce demais. Ledo engano.

Na boca muita untuosidade, boa acidez, algo de frutas porém não-maduras. Final levemente amargo, interessante o vinho. Recomendo.

Preço -> um pouco mais de R$30,00.

Nota -> 3.5 de 5.

Site -> Viña Albali.


In English:

Great surprise. Bought at a local supermarket, I was intrigued on its price and origin, additionally I had never had a Spanish Verdejo, definitely a non-commercial variety, at least not in Brazil.

It could not be better, inexpensive and good wine. Strong yellow color; fruity on the nose, very sweet. I was worried about the taste, I do not like those too fruity white wines.

Fortunately I was wrong.

Unctuousness, acidity, some fruits but they were almost green. In the end, light bitter taste, Interesting, fully recomended on a sunday lunch afternoon.

Price -> circa US$10.

Grade -> 3.5 of 5.

Site -> Viña Albali.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Grey [Glacier] Merlot Single Block 2010


Diferente esse Merlot chileno. Vindo de Apalta, que fica no Valle del Colchagua, terra de Carmenère e Syrah deliciosos (Casa Silva, Lapostolle, Viña Montes,etc), tem cor vermelho-sangue na taça já indicando alguma evolução. Os 18 meses em barricas de carvalho mais 5 anos trataram de dar essa cor a ele.

Aromas frutados em profusão (ameixa bem presente), tostado notável (às vezes tendo a achar que na Merlot sai muito e talvez usem demais), e algo de "remédio" (engraçado que encontro muita essa nuance em Tempranillos porteños). Também aparece algo herbáceo, como em muitos outros Merlot por aí.

Média concentração em boca, com mais ameixa, taninos muito educados, leve acidez, mais herbáceo e fruta, chocolate talvez mas algo assim bem discreto. 

Muito fácil, textura leve e funciona melhor sozinho, embora não seja de maneira nenhuma um vinho pesado. Essa linha Grey me agradou bastante até hoje. Recomendo prová-lo, até uns R$80 tá bem pago.

Dois dias depois (usando a bombinha trudeau para tirar o ar - pra mim foi uma boa compra e segura bonito o vinho até uns 5 dias se não houver reabertura nesse meio tempo) virou geleião, acidez se foi quase que completamente mas álcool ainda lá.

Nota -> 4 de 5.

Preço -> R$79,9 na Bacco e Tabacco.

Site -> Viña Ventisquero.

Ganhou esse Prêmio e Bronze no Decanter Wine Awards (safra 2007).

A querida colega enoblogueira Dama do Vinho fez um interessante podcast sobre a Merlot -> Ouça.


In English:

Diferent bottle of this chilean Merlot. Comes from Apalta, a micro-region inside the Colchagua Valley, where the famous Casa Silva, Lapostolle, Viña Montes, Santa Helena and other good Carmenère producers are located.

Blood-red in glass, showing hints of evolution, probably given by the 18 months in french oak barrels and another 5-year period in bottle.

Very fruity (blackberry noticeable), toasted (I tend to think that sometimes the winemakers use too much wood on Merlot varietals), e something like remedy. This remedy 'feeling' I very often find in Tempranillos from Argentina. Sometimes the herbs show up.

Medium concentration, more blackberry come, very polite tannins, light acidity, more herbs and maybe a bit of chocolate, when you taste it calmly.

Easy to drink, works better by himself, although it is not a heavy wine. This Grey line from Ventisquero always bring me something very good.

After two days, being helped by that Trudeau pump to suck out the air, it has become a total jam, with almost no acidity at all, but the alcohol was still there.

Grade -> 4 out of 5.

Price -> something like US$27

Site -> Viña Ventisquero.


Mumm Cuvée Réserve Brut


Posts rápidos são a solução para atraso em posts de um blog rsrs

Esse eu comprei exclusivamente para agradar à minha noiva, mas acabou agradando a mim também.

Na verdade foi a melhor opção que achei, visto que queria algo que combinasse qualidade e preço, e sinceramente isso está bem difícil atualmente, inclusive em supermercados ditos 'com uma adega considerável'.

Enfim, comprei e gostei, um charmat (também conhecido como método prosecco ou método italiano, com a segunda fermentação em garrafa) com muito frescor, notas cítricas e adocicadas. Embora não seja fabricado pelo champenoise, tem aromas muito legais, talvez até algo de pão, embora muitos puristas dizem ser impossível tê-lo no charmat...

Se fora da temperatura, enjoa um pouco, achei que poderia ser um pouco menos doce. Mas valeu.

Na faixa de preço é um dos melhores que se pode encontrar. O nome é definitivamente mais chique do que ele realmente é rs.

O interessante é que as uvas são oriundas do Valle de Uco, atualmente a área mais celebrada de Mendoza e talvez da Argentina como um todo.


Nota -> 3 de 5.

Preço -> um pouco menos de R$50.

Site -> Pernod Ricard Argentina.

In English:

When you have a lot waiting in line to be posted, the solution is to write fast posts.

This one was bought to please my love, it was the best option in terms of quality x price, since I tasted this before and knew it.

This one is made in charmat style, not champenoise. Still, despite some opinion that the Carmat does not give complexity in aromas, it has a nice nose of citric and sweet hints, full of freshness. I expreienced something bread-like too.

If served on the incorrect temperature it can be a little hard to drink because of the sweetness feeling, and it also could be a little less sweet (ok you can tell me to look for something extra-brut, but is not so common here, although I really prefer them together with the nature ones).

With this price it is one of the best acquisitions you can make here in Rio de Janeiro, in supermarkets. The taste is definitely not as fancy as its name.

Interesting: the grapes are grown in the Uco Valley, the newfoundland for quality and iconic wines in Mendoza, Argentina.

Grade -> 3 out of 5.

Price -> something like US$17.


sexta-feira, 1 de maio de 2015

Amayna Sauvignon Blanc 2013: belo!

Um homem de vez em quando quer sentar com seu amor e alguns amigos, e simplesmente conversar e beber um bom vinho. No Brasil, isso precisa estar associado a uma vontade de gastar um pouco mais numa garrafa de vinho. Uma pena pois assim esse tipo de experiência fica cada vez mais difícil de ser levada a cabo.

Bom, após pesquisar a carta de vinhos do restaurante, pude verificar o Amayna Sauvignon Blanc 2013, que apesar de ter um preço digamos avançado, estava um pouquinho de nada mais caro que nas lojas e importadoras, fazendo com que fosse o eleito.

Na taça um amarelo dourado clarinho, brilhante. 

Começou fechadão, o nariz parecia milho verde (rs). Logo depois pudemos notar algo floral e depois se abriu num frutado gostoso, alguma coisa mais adocicada, uma mistura de frutas brancas e cítricas bem maduras e doces.

Engraçado que os "lados" herbáceos estavam quase que ausentes, um pouquinho de quase nada mesmo.

Com o tempo ele me lembrou os belíssimos Sancerre que tive o prazer de beber por lá em Outubro 2013, aliás uma viagem que recomendo a todo enoblogueiro, deixando de lado o preconceito besta que se tem com os maravilhosos vinhos brancos. Alguma coisa mineral, sabe? No meio das frutas brancas. Bonito...  

Bem untuoso, muito saboroso e harmônico, com certa estrutura. Um vinhaço de Leyda, uma das melhores áreas para os brancos no Chile e na America do Sul.

Recomendo. Parabéns à Viña Garcés Silva pela coragem de vender esse vinho top de linha com screwcap. Não que eu seja contra mas definitivamente há preconceito com esse tipo de rolha.

Este vinho ganhou 93 pontos no Guía Descorchados 2015 e eleito o melhor de Leyda (eles dividem os melhores por região, bem como o melhor tinto e melhor branco).

Nota -> 4.5 de 5.

Preço -> um pouco acima de R$150, na Mistral vende mas só tem a versão amadurecida em barris de carvalho.


In English:

Sometimes you just want to drink something very nice with your girl and your friends. Unfortunately in Brazil this opportunity is granted to a few, since the prices are crazy just about everything.

Even though, I was looking for something worthy in the wine list, and found this one, which price was close to the one in winestores.

Bright light golden yellow in glass.

In nose it was closed in the beginning, started with floral hints and then fruity, white citric and ripen fruits, sweet smell.

Very few herb notes and after some time I remembered the beautiful mineral fruity Sancerre wines I had in Sancerre, in October 2013. Beautiful place and wines, if you are a white wine lover you must go there.

Oily, harmonic, tasty, somehow a beautiful structure in mouth for a white. An amazing wine from Leyda, the valley nowadays known to present us with jewels like that, fresh, fruity and mineral. A place I really want to know.

There is a famous Chilean and Argentinian wine guide called Guía Descorchados, that gave him 93 points. Deserved!

Oh, congratulations to breaking the sul american taboo of screwcap in expensive wines.

Grade -> 4.5 out of 5.

Price -> something close to US$60.


Maria Mansa Douro Branco 2013

Mais um rapidinho. Esse foi bebido em restaurante com minha amada, onde o desafio é descobrir uma garrafa que valha mais a pena, dentre tantas inflacionadas.

Malvasia, Viosinho e Gouveio, as duas últimas encontradas acho que exclusivamente em Portugal.

Bem delicado, muito boa acidez, e o final é claramente tendendo ao adocicado, talvez por conta da Malvasia. Gostoso porém no fim enjoou um pouco.

Produzido pela Quinta do Noval, que produzia apenas Vinho do Porto até algum tempo atrás.

In English:

Another express one. This one I had in a restaurant together with my beloved fiancée. Sometimes it is hard to find a good bottle with a good price in Brazilian restaurants.

Malvasia, Viosinho and Gouveio, the latter two found only in Portugal if I am not mistaken.

Delicate, very good acidity, the end is clearly sweet-oriented, maybe because the characteristics of Malvasia. Tasty but in the end I was kind of sick of it. 

Site -> Quinta do Noval.

Vega Moragona Viñas Viejas

Post rápido. Na degustação informal da Grand Cru Niterói, pude experimentar esse interessante espanhol de Ribera del Jucár.

Ribera del Jucár é uma D.O., uma denominação de origem. Embora seja a mais jovem D.O. da Espanha (em Castilla-La Mancha), lá se plantam videiras há muitos séculos.

Este viñas viejas de tempranillo (Cencibel por lá) tem aromas de ervas secas e temperos, impressão que se repete na boca. Acidez "normal" e textura média, os taninos estão lá (a Tempranillo é uma das que os tem em boa quantidade).

Interessante que esse estilo eu nunca havia encontrado na Tempranillo, que sempre se encaminha pra uma fruta vermelha dominante.

Valeu experimentá-lo, e descobrir mais essa região produtora.

In English:

This is an express post. On an informal tasting of a famous winestore here in Rio de Janeiro, I had the chance to taste this Ribera del Jucár interesting spanish wine.

It is the youngest spanish D.O. (denominación de origen a.k.a. appellation) although it is a ancient vineyard area.

This 100% tempranillo is dry-herbs and spice in nose and mouth, in a medium body and medium tannins style, with regular acidity. On the Ribera del Jucár D.O., the tempranillo grape is known as Cencibel.

Very interesting. To drink intently.

Site -> Vega Moragona.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Malbec day: Chakana Estate Selection Malbec 2010

O dia 17 de abril foi o dia escolhido para ser o dia da Malbec.

Marketing ou não, escolheram esse dia por conta da apresentação, em 1853, na assembléia legislativa de Mendoza de um projeto de lei que propunha a criação da primeira Quinta Agronômica e Escola de Agricultura do País, por incentivo do então governante Argentino, General Sarmiento.

Pouco tempo depois, a Escola e a Quinta estavam fundadas e daí todo o do "nascimento" da Malbec em solo argentino ocorreria. (Fonte: Revista vinícola).

Este não foi aberto no dia 17 último, mas foi aberto em lembrança dessa data especial para os vinhateiros argentinos, e porque não para a própria argentina, afinal foi o início da história da moderna vitivinicultura argentina.

Não é muito concentrado, lágrimas "cansadas", cor já denotando início de um envelhecimento, na verdade não esperava tanto assim.

Fiquei apreensivo para verificá-lo em boca, mas primeiro o nariz trouxe muita fruta e tostado, um pouco de álcool que some logo.

Paladar bem aveludado, taninos educados, jugoso como dizem os hermanos. Acidez interessante, frescor, e muito saboroso, ganhará com leve decantação. Recomendo.

"O jaguar era o animal selvagem mais feroz conhecido pela cultura indígena anciã do norte da Argentina."

Nota -> 4 de 5.

Preço -> Presente do meu querido irmão e cunhada.

Site -> Chakana Wines.

In English:

In honor of the world malbec day (april 17th), "tired" tears in glass, colors walking to the ageing reds. 
Ripen fruit aromas, associated with toasted hints, coming altogether, very nice.

Velvety, polite tannins, fruits again in mouth and a very good acidity and freshness also come together to avoid us getting sick of it. 

Decant it for a while, it will thank you with roundness. 

"The yaguarette (jaguar), considered "Lord of the starred night", was the wildest known animal of the ancient indian culture from northern Argentina." 


Grade -> 4 out of 5.

It was a present.

Site -> Chakana Wines.



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Argentina: Amancaya Gran Reserva 2011

Já havia escutado que o blend Malbec e Cabernet Sauvignon era algo fino. Não havia provado ainda, porém.

Já havia lido a respeito dessa associação entre os Rothschild e os Catena, mas também não havia provado nada deles.

Pois bem, menos duas pendências.

Este tem de 60 a 70% Malbec, sendo completado por Cabernet Sauvignon. Defumado, álcoolico, mais fluido e bem mais ácido que o Catena, ambos bebidos no mesmo dia. Menos exuberante em boca porém muita coisa ao nariz (frutas, temperos, algo pro lado de menta/eucalipto), mais elegante, definitivamente longevo. Merece e requer mais tempo na garrafa, embora possa ser bebido com imenso prazer desde já. Final muito bom.

A fruta da Malbec é de alguma forma modificada pela estrutura da Cabernet Sauvignon. Um belo vinho, de preço salgado e não encontrado em todos os lugares.

Dizem por aí que o ano 2011 brindou uma fruta de muita qualidade em Mendoza. Até agora concordo!

Meu amigo Jorge do Contando Vinhos bebeu o da safra 2010 e também elogiou. Outro colega blogueiro que bebeu, da mesma safra: My Vine Spot.

Se tivesse o álcool mais harmônico daria mais meio ponto a ele.


Nota -> 4 de 5.

Preço -> cerca de R$110 em restaurante.

Site -> Bodegas Caro.


In English:

I heard about the finesse of Malbec+Cabernet Sauvignon blend, and about the Rothschild and Catena association in Mendoza, but had never checked them out.

Until now.

This is a 60 to 70% Malbec and Cabernet Sauvignon blend, smoky and alcoholic, pungent acidity, with a rich nose evoking from fruits to spices and something like menthol very deep, hidden, not to be shown to the fast-drinkers. Elegant, asks for a couple of years at least in the bottle but can be enjoyed now with significant pleasure for the winelover friend. A very interesting end in mouth.

Some say that 2011 was a good year in Mendoza, and until now I agree.

Another blog that drank it: My Vine Spot, and another brazilian one: Contando Vinhos.


Grade -> 4 out of 5.

Price -> something like US$36 using today's brazilian official exchange rate.

Site -> Bodegas Caro.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Argentina: Catena Malbec 2009

Esperava um belo vinho, mas não tão bom.

Para mim pode ser definido como um porto seguro: muita qualidade, expressão clássica da Malbec por pessoas que certamente estão no grupo dos que mais entendem da cepa.

Na minha opinião está na hora certa de ser bebido, nada sobressai, tudo harmônico.

Importante notar que é uma Magnum, querendo ou não há uma pequena diferença na evolução em relação à garrafa comum.

Há um floral forte combinado a um quê adocicado, uma mistura difícil de definir porém agradável. Não é extremamente complexo mas é muito bom.

Na boca é suavidade e sabor; veludo. Não se percebe álcool. Coisa bonita. Para agradar com facilidade.

Ótimo para apresentar a excelência e finesse da Malbec a quem não conhece, e a quem há muito tempo não provava seus encantos. Este vinho é um blend de 4 vinhedos, de alturas e características bem distintas. Vale conhecer.

Semana passada o jornal La Nación publicou um artigo (em espanhol) sobre as 3 revoluções que Nicolás Catena promoveu na Argentina.

Não há como negar, seu papel foi importante na vitivinicultura argentina.


Nota -> 4 de 5.

Preço -> cerca de R$170 em restaurante (calma, dividido com amigos, não estou nadando em dinheiro rs).

Site -> Catena.

In English:

Since Catena is the same for quality in terms of argentinian wine, I was expecting nothing less than a good wine - but not this good.

For me it can be defined as a safe buy: the classic malbec expression, by the people who have been working a lot to definitely tame the grape.

In my opinion is the right time to uncork it: everything is working well, harmony is the word.

I really think that the magnum bottle has a different ageing process. Pro(s), please help me here.

There is something clearly floral, the sweet notes come along. Hard to define everything we find but very easy to like it.

On the palate it is sweet and savoury. Pure velvet. You just do not feel the alcohol.

A very good Malbec presentation for anyone who do not know it, or every single one who is missing it or have been a long time far from it.

A blend from 4 vineyards, each one at a different height and soil, and different nuances.


Grade -> 4 out of 5.

Price -> bought at a restaurant, something like US$55 (I know, in Brazil we are constantly robbed).

Site -> Catena.

domingo, 29 de março de 2015

Chile: Catrala Sauvignon Blanc 2011

Bom, se você acompanha o blog sabe que eu gosto muito da Sauvignon Blanc. Se não acompanha, bem, está sabendo agora.


Esse foi comprado na Vinum Day por um preço bem razoável. Peço desculpas por ter perdido minhas anotações acerca desse vinho. Mas me lembro que estava muito bom. Muito mesmo.

Tinha traços minerais, e trazia também frutas e vegetais; e a estrutura era boa. Sinceramente dos melhores do Chile até hoje.

O vale de Casablanca é definitivamente o lar do melhor Sauvignon Blanc do Chile.

Recomendo.

Catrala é a mulher do século XVII chileno, inteligente, forte e misteriosa, conhecida por suas excentricidades e costumes estranhos, vivia em um ambiente onde se mistura fantasia, lenda e realidade.

Nota -> 4 de 5.

Preço -> R$49,90

Site -> Catrala.

In English:

Well, if you are my blog habitué you already know about my Sauvignon Blanc passion. If you are not, well, at least now you know.

Sorry for losing my notes on this wine. But it was so good that I had to mention it here.

I remember his hard mineral and citric notes, in a pungent acidity body with some heat. A good white wine, with some structure. 

Definitely the Casablanca valley gifts us the best chilean sauvignon blanc. That is a fact.

I do recomend this wine.

Catrala is the 17th century chilean woman, smart, strong and misterious, know for her eccentricities and odd traditions, surrounded by fantasies, legends and reality.


Grade -> 4 ot of 5.

Price -> R$49,9 something like US$16

Site -> Catrala.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Brasil: Don Laurindo Reserva Estilo 2009

A vinícola Don Laurindo, localizada no vale dos vinhedos, em Bento Gonçalves, nunca me apresentou algo ruim. Seus vinhos caminham numa trilha um pouco diferente dos vinhos ditos "internacionais", mas isso não significa que sejam vinhos estranhos, hippies ou esquisitos.

São vinhos com uma pegada diferente.

Recentemente o Sr. Laurindo Brandelli veio a falecer, o que não tira os brilhos dos vinhos que levam seu nome, visto que seu filho Ademir toca a vinícola há um bom tempo.

De cor púrpura com halo já caminhando para um vermelho mais "cansado", este abriu-se em frutas vermelhas frescas, bem frescas. Surgiu aquele aroma associado à violetas (eu diria que é um floral mesmo) comumente em vinhos feitos com Malbec. Até umas notas que me lembraram remédio (sério, daqueles que você tomava quando criança), que algumas vezes encontrei em tempranillos, principalmente argentinos (que não são muitos). Depois de um tempo me veio algo como um "suadinho", algo como um couro. Realmente depois de um tempo ele se assemelhou a alguns vinhos feitos com Tannat que pude experimentar ao longo do tempo.

Não à toa, esse blend é composto de Malbec, Tannat e Ancellota. Porcentagens não declaradas.

Na boca é igualmente fresco, rápido, boa acidez, álcool bem escondidinho, taninos presentes mas bem redondinhos. Um vinho de churrasco eu diria. Na boca é essencialmente um Tannat depois de um tempo, me lembrou outros tannats que já bebi.

Eu gostei e me lembrou um pouco do estilo do Gran Lovara que bebi há um tempo atrás.

São 5.950 garrafas e esta é a de número 4.994. Não é lá uma série especial, mas também não é produção em série.

Nota -> 4 de 5.

Preço -> R$ 45,90.

Site -> Don Laurindo.



In English:

Located in Brazil's south region, Don Laurindo winery never presented me anything less than very good. Their wines follow a path quite different from the "international" wine-style spreaded today. They follow a "classic" style, a fresh and rich nose style without letting the fruit disappear.

The founder, Mr. Laurindo Brandelli, died recently, but the quality of his family wines are assured since his son, Mr. Ademir Brandelli has been in charge of the wines for a good time.

It is a brown to ruby hued purple wine, with clear notes of very fresh fruit and something like leather. Some violets or flower-like aromas appeared, denouncing the Malbec. It is a Malbec, Tannat and Ancellota blend.

In mouth I really think the Tannat takes control. It is very fresh, the alcohol is well hidden, the tannins are there but very well tamed. It is fast, clearly a wine to harmonize with meat.

I really liked it, it remembered me of another good brazilian blend that I drank, Gran Lovara. It is a different blend but the style is almost the same. Sorry, the lovara post is not in english yet at this date.

5.950 bottles and mine was 4.994. Not a special edition but neither a broadcasting wine.

Grade -> 4 out of 5.

Price -> R$45,90. Today, something like US$15.

Site -> Don Laurindo.

segunda-feira, 23 de março de 2015

"You do not need to drink expensive wines" - Alejandro Vigil

If you - yet - don't know him (I first met him in Mistral Encounter, the major brazilian importer bianual event with producers) enologist Alejandro Vigil is closely linked to argentinian wine, and is one of the responsibles for its recent worldwide projection, specially for its own El Enemigo wines (amazing ones), but also for being an independent and original voice.

For this easy going and friendly guy, there is a lot of work to be done, and I agree, based on his realistic and humble vision that only people who grew up on the vineyard can have.

Another interview, this time for an argentinian wine site (in spanish) that I liked a lot, pointing:

Bonarda - "What is going on is that I hear voices talking a lot but doing few".

Bonarda is the second most planted variety, that formerly was the dominating one in Argentina. It has to be very well conducted otherwise will end up in a poor wine. It had never been worked seriously and now Alejandro and other guys as Sebastian Zuccardi and Hector Durigutti are dealing with it, some good results already available.

Here in this blog you can find lots of reviews on some bonarda wines (sorry, all of them in portuguese).

Wines - "...no one is going to tell you what you are going to like, you must find out. (...) Not necessarily you have to drink expensive wines, only the ones that make you feel good..."

In my opinion that is what we really need, people who work and not only do marketing!



de Ladoucette Pouilly-Fumé 2011: máxima expressão da uva para a #CBE (in English below)

Mais um post atrasado para a CBE. Aos poucos a gente vai arrumando a casa rs.

O tema para o mês de fevereiro foi escolhido por nosso querido Alexandre Frias: "Sauvignon Blanc sem limite de preço".

Gostei do tema pois sou fã confesso da Sauvignon Blanc (a branca selvagem). Gosto dos traços vegetais, minerais que surgem num bom exemplar.

Este foi trazido pelo meu primo direto da França. Apesar de ter visitado a região e ter passado no Chateau du Nozet, sede do Domaine de Ladoucette, e provado este belo vinho, não trouxe um exemplar do mesmo na bagagem. Bom, isso foi resolvido rs.

Apesar de ser da safra 2011, o vinho se apresentou com uma cor amarelo bem verdeal, transparente, meio brilhoso.

O nariz foi brindado com aquele "esfumaçado/defumado" delicioso, com uns traços que muitos identificam como sendo "pedra quente", a famosa pedra de isqueiro ou pederneira (português), silex (francês) ou flint (inglês). O interessante foi que trouxe a tiracolo um cítrico bem presente, com traços vegetais bem discretos. Lembrando que não passa tempo em barricas de carvalho!

Na boca pudemos verificar tudo isso combinado a uma acidez pungente e vigor invejáveis, o vinho é "ativo" na boca, bastante vivo. Um vinhaço.

O Domaine de Ladoucette pertence à família Ladoucette desde 1787, quando foi adquirida de uma filha ilegítima do rei Louis XV. São os maiores e mais famosos vinhedos de Pouilly-sur Loire, e hoje produzem vinhos sob as apelações Sancerre, Chablis, Vouvray e Chinon. Seu Baron de L é tido como o Sauvignon Blanc mais famoso do mundo.


Nota -> 4.5 de 5.

Preço -> €27 (no Brasil a meia garrafa da safra 2006 está na Vinci a R$136,43).

Site -> de Ladoucette.


In English:

This is the post that had to be released on last february, for the Brazilian Winebloggers Fraternity. It is the first virtual fraternity of our country, every month one of the members choose a theme, and all the others have to drink one bottle following it, and then posting their impressions.

Well, for that month the theme was Sauvignon Blanc, a nice theme for me as I am a Sauvignon Blanc lover. Had already been to Sancerre and Pouilly Fumé, in a post not yet translated :-(

So, this one was brought to me by my french cousin (yes he is french), I already knew it but did not bring a bottle.

It is a 2011 wine but still showed itself as a young wine, very clean and transparent greened-yellow (this word exists?)

The nose is full of "fumé" and  mineral, together and well balanced with citric notes. These wines are known for their smoked-like aromas, even that they do not spend time in oak barrels. These aromas are also cited as "flint". The greengrass/aspargus/vegetable aroma (which I like a lot) are soft but present.

What calls here is the pungent acidity and mineral plus citric notes. The wine goes through your mouth and says "I am alive!" Quite a bottle!

The Chateau du Nozet (which is inside the Domaine Ladoucette) is owned by the Ladoucette family since 1787, when it iwas bought from an illegitimate Louis XV daughter. They are the most famous and wider vineyards of Pouilly-sur-Loire, and today they produce under Sancerre, Chablis, Vouvray and Chinon appelations. Their Baron de L is known as the world's most famous Sauvignon Blanc.


Grade -> 4.5 out of 5.

Price -> €27 in France

Site -> de Ladoucette.

sexta-feira, 20 de março de 2015

"Não é necessário tomar vinhos caros" - Alejandro Vigil


Para quem ainda não o conhece, (conheci-o no encontro da mistral) o enólogo Alejandro Vigil tem uma trajetória intimamente ligada ao vinho Argentino, e é um dos principais responsáveis pela recente projeção que os mesmos argentinos começam a experimentar mundialmente.

Começam? Sim, segundo ele há muito trabalho a ser feito, e eu concordo com ele, com sua visão realista e humilde, de quem cresceu no vinhedo e tem uma simpatia ímpar.

Ele concedeu mais uma entrevista ( Leia na íntegra em espanhol ), dessa vez a um site argentino dedicado ao vinho e demais assuntos correlatos. 

Dois momentos que gostei bastante:

Falando sobre a Bonarda - "O que passa é que escuto muita gente falando e na hora do 'vamos ver' há muito pouco".

A Bonarda é a segunda uva mais plantada da Argentina (chegou a dominar os vinhedos no passado). Tende a crescer muito portanto é uma variedade que precisa de um bom controle, e nunca havia sido trabalhada a sério, senão nos últimos anos por gente como o Alejandro, o Sebastian Zuccardi, o Durigutti, etc.

Aqui no BebadoVinho você pode verificar minhas opiniões acerca de vários bonardas, um vinho bem macio e gostoso, com preços bastante acessíveis, para todos os paladares. Basta escrever 'Bonarda' no campo de procura ali à direita.

Falando sobre vinho - "... que ninguém vai te dizer o que você vai gostar, você precisa descobrir. (...) Não necessariamente precisa beber vinhos caros, apenas aqueles que te fazem sentir-se bem,...".

Realmente é disso que precisamos, menos marketeiros e mais gente que bota a mão (e o coração) na massa!

Mais uma vez parabéns a ele e a seus maravilhosos vinhos.


domingo, 15 de março de 2015

Cesari Recioto della Valpolicella Classico 2007 #CBE


Este post é o post que deveria ter saído em setembro, para a CBE. Esse tema foi escolhido pelo confrade Alexandre Takei, do Notas Etílicas: “Valpolicella, vale tudo, do clássico ao ripasso, amarone, recioto.”

Escolhi esse, comprado na Vinumday. Quando decidi experimentá-lo para a CBE, tive um problema: o vinho não estava legal. Entrei em contato com o fornecedor, e eles me reenviaram uma garrafa. Só que demorou mais de uma semana.

Várias coisas aconteceram, alguns contratempos, enfim, daqui mais algumas semanas eu consigo tirar o atraso com a CBE de mais uns 3 ou 4 posts (rs). Ainda mais que aí vem o tão esperado inverno (se você mora no Rio de Janeiro e também é um enófilo sabe o que eu digo...)

O Recioto della Valpolicella, assim como os Valpolicella, utiliza as clássicas Corvina Veronese, Rondinella e Molinara, mas passificadas para concentrarem os açúcares e resultarem neste tinto doce. Seu irmão mais famoso, o Amarone, antes era chamado de Recioto della Valpolicella Amarone, e na verdade derivou do Recioto. Talvez pela fama adquirida, passou a ser referido como Amarone apenas. O que pude verificar é que fazer um bom Recioto é difícil, e o vinho atualmente não goza de tanto prestígio quanto o amarone. Por que será?

Enfim, chega de papo e vamos ao vinho.

Fica de 12 a 18 meses em barricas de carvalho, se apresentou com cores e aromas bem parecidos a um bom Porto Ruby, passaria por um facilmente, se não fosse o paladar. Aliás o "nariz" do vinho é muito bom.

O que houve com o paladar? Bom, na boca você logo nota uma textura mais licorosa, menos alcoólica, e a meu ver menos, assim, profunda. O vinho é bom, mas não é o meu estilo. Achei doce demais, enjoativo.

Minha amada Isis adorou. Menos mal, agradei a ela, e ele ganhou mais meio pontinho!

O colega Jonas, do Simplificando o Vinho, bebeu o Essere Valpolicella DOC do mesmo produtor.


In English:

This is the post that had to be released on last september, for the Brazilian Winebloggers Fraternity. It is the first virtual fraternity of our country, every month one of the members choose a theme, and all the others have to drink one bottle following it, and then posting their impressions.

For september the theme proposed by Alexandre Takei from Notas Etílicas was Valpolicella and its variations, and I have chosen this one to drink.

When I decided to drink this wine so I could post about it, the bottle was not ok and I had to ask the supplier to send me another one, which took about a week and a half to arrive. I had some issues over all over the end of the year so this little project had to be postponed.

As with Valpolicella, the Recioto uses Corvina Veronese, Rondinella and Molinara, all of them dried for about 3 months to concentrate sugar. Its famous brother - the Amarone - was once called Recioto della Valpolicella Amarone, from which it has derived. Maybe to shorten its name after gained fame, people started to call it just Amarone - who knows? The truth is that recioto is difficult to produce and today we have few good options available - see more about this here.

Well, straight to the wine!

12 to 18 month in oak barrels, the colors and aroma are very similar to a Ruby Port Wine, fruity and sweet, some wood detectable. Good "nose" but the mouth is not the same, the texture is more liqueur and less alcohol. Not that alcohol is similar to quality but I found it less, well, profound.

The wine is good but it is not my style. My beloved Isis liked it so after all I pleased her. Good to the wine that earned 0.5 point more.

On the producer's site they say that it pairs well with chocolate. I will try it, since I have some left.

For the occasion, the wineblogger Jonas drank the Essere Valpolicella DOC from the same producer.



Nota -> 3 de 5. 3 out of 5.

Preço -> R$ 89,90 (alegaram ser R$188,00 o preço original) na VinumDay. The price was almost R$90.

Site -> Cesari.


terça-feira, 10 de março de 2015

Chemin des Papes Côtes du Rhône 2012

Presente dos queridos David e Elisabeth, depois de um tempinho aberto se mostrou plenamente, nariz de frutas e um quê tostado de leve, boca gostosa com acidez bem presente. Boa estrutura, e com traços que parecem de chocolate no fim combinado a taninos firmes porém não agressivos.

60% Grenache e 30% Syrah, com toques de outras uvas da região. Recomendo, mesmo no Brasil. Vai agradar.

Outro blog que bebeu: Todo dia é dia de vinho!

In English:

A beautiful gift from our dears David and Elisabeth, after some time showed himself completely, fruit forward and slightly toasted nose, delicious in mouth, good acidity. Nice structured and something like chocolate in the end, combined with firm but not aggressive tannins.

60% Grenache and 30% Syrah, with touches of other grapes of the region. Recommend, even in Brazil. Will please you, better with food.

Another brazilian blog that drank it: Todo dia é dia de vinho!


Nota -> 4 de 5. 4 out of 5.

Preço -> Na internet oscila entre R$40 e R$50. In Brazil the range is from R$40 to R$50.

Site -> Chemin des Papes.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Não basta beber e gostar: tem que levar o vinho brasileiro pro exterior! (It is not enough to drink and to like: you gotta take it to another level!)

Em viagem à California [ainda devo os postos :-(  ], tive a oportunidade de conhecer o Scott e a Sandra. Scott é, como eu, enoblogueiro e conheci seu blog através de uma referência a ele feita pela Pisano em sua página no facebook, pois o Scott bebeu sua primeira garrafa de Tannat e gostou bastante.

Como sou fã dessa uva também, li o post, comentei sobre os tannats brasileiros e desde então estamos sempre nos falando. Ele manifestou o interesse de provar algum vinho brasileiro, mas que simplesmente não acha nos EUA, então resolvi levar uma garrafa para ele. (Alô galera da wines of brazil...)

Leia o post dele aqui.

In English:

When traveling through the USA, spent some days in California (sorry the posts are not ready yet, shame on me) and had the opportunity to met Scott and Sandra.

Scott, as I am, is a wineblogger. I knew his great blog after Pisano Wines, an uruguaian excellent producer, made a reference on Facebook (I follow the winery there) about his post.

It was a post on a great Tannat wine they make, and as I am a Tannat fan too, I commented on the post.

And we never stopped talking about wines, specially the americans and south american ones, gaps that we have (me, the american ones of course ;-) ).

When he revealed his interest on tasting some good brazilian wine, and that he just CANNOT FIND THEM!!! I decided to take him a bottle, what I really did. And now his post is here.