segunda-feira, 22 de julho de 2013

Bonarda: impressões XIII - Alamos Bonarda 2011



Fino halo transparente, emoldurando um púrpura escuro. Lágrimas lentas e espaçadas.

Abriu-se num aroma muito interessante, que me fez lembrar alguns vinhos mais caros que já bebi. Muita fruta, e um quê "suadinho". Depois apareceu muito de leve uma flor. Um tempo depois algo que lembra couro. Aí fica nisso, fruta e algo mais misterioso.

Será um Malbec engarrafado errado? Rs

Na boca os taninos  se mostram, mas educadamente. O álcool inicialmente não sobressai apesar da jovialidade e do relativo vigor. Acho que ele estava gelado porque depois o álcool se mostrou, mas não incomodou. O final é levemente mineral e a persistência média/baixa.

A textura é ótima, como os outros bons Bonardas que bebi. A sensação é de dulçor e suculência.

O preço da linha Alamos tem subido (+ ou - R$45,00), acho caro apesar de todos os que bebi até hoje serem bons. Ou seja, estamos ficando cada vez mais refém dos achados infelizmente. Ou então abastecer a adega em viagens e pagar sobrepeso.

A linha cresceu, agora tem um Malbec+Petit Verdot, um espumante Brut, um rosé...

Os bons vinhos da Bonarda vão nessa mesma linha, de boa textura na boca, fácil de serem bebidos, gostosos. São vinhos para se beber descompromissadamente e para provocar sensações agradáveis no palato.

O interessante desse Alamos é o aroma, o que geralmente não é o forte dos Bonardas, que trazem a textura emborrachada e o sabor como pontos a notar. O "fundo de taça" revela um leve tostadinho, que denota os 5 a 7 meses de barricas francesas e americanas, muito agradável.

A rolha não é "de prima" mas acredito que o vinho aguente mais uns dois aninhos. Só não sei se vale. Agora ele tem um leve vigor, está ótimo.

Pra variar mais um bom produto dos Catena. Parabéns também pelo rótulo.

Nota -> 3.5 de 5.

Preço -> R$45,00 na Lidador.

Site -> Alamos.

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