terça-feira, 31 de julho de 2012

Bonarda: impressões - II (Maipe Reserva 2010)




Geralmente quando vejo um Bonarda varietal, o ímpeto é comprá-lo. Gostei dos que provei, na verdade gosto muito do que a Argentina tem nos oferecido (Malbec, Tempranillo, Torrontés, Cabernet Sauvignon, Viognier, etc.), principalmente porque a tipicidade do país se mostra de forma bastante presente em cada garrafa, e mesmo alguns vinhos mais simples já proporcionam alguns bons momentos.

Vamos ao menino aí de cima. O Maipe é a linha da Bodega Chakana para os EUA, sendo que os Chakana Yaguarete Collection e Chakana Reserva se transformam em Maipe e Maipe Reserve. Tem origem em vinhas de 30 anos de idade.

O rótulo é bem bonito, eu curto muito esses rótulos brancos com alguns detalhes. Nesse caso, Maipe é o nome indígena do Senhor dos Ventos. O desenho dourado acima do nome é um xamã com uma máscara de jaguar, exatamente como era visto pelos aborígenes durante uma evocação ritual.

O vinho é bem escuro, bonito, denso, lágrimas lentas. De início ataca meio alcoólico, os taninos porém aveludados. Ficou um bom tempo aberto. Aí sim se mostrou bem melhor.

Trouxe ao nariz frutas vermelhas e negras, algo de especiarias. Na boca uma delícia, apimentado, um frutado suculento, um pouquinho quente mas sem incomodar. Os taninos realmente passam uma impressão aveludada, sua textura é meio "emborrachada", essas características acredito serem da Bonarda. Boa persistência, média intensidade, se tornou fácil de beber após o tempo que ficou aberto (deixei bastante tempo).

Valeu muito a pena, penso em recomprá-lo no Mundial. O valor pago é justo. Ganhou 88 da WS e do RP, e 89 da WE.

Site -> Chakana Wines

Preço -> R$34,20 no Mundial.

Nota -> 3.5 de 5

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