sábado, 8 de junho de 2013

Degustação Villa Francioni na SBAV-Rio


Conheci a Villa Francioni com o Villa Francioni Tinto, não poderia ser melhor. Provei em sequência o Francesco, o Joaquim, o Sauvignon Blanc, todos muito bons.

Quando recebi o email com o anúncio da degustação, não pensei duas vezes.

Contamos com a ilustre presença do Jose Paulo Schiffini, que nos brindou com uma aula de como degustar um vinho, fora os insights, dicas e uma mini aula das etapas produtivas do vinho. Um espetáculo à parte.


Começamos pelo Joaquim Espumante Rosé Brut. Blend de Syrah, Pinot Noir, Cabernet Franc, Sangiovese, Merlot, Cabernet Sauvignon, Malbec e Petit Verdot (!). Bela cor, perlage fino e elegante, no nariz: pão! Em boca muito bom, refrescante, me surpreendeu, menos doce que muitos brut, o que me agrada bastante (prefiro os extra-brut e nature). Faixa de preço: R$52,00. (Comprei).


Em seguida veio o Sauvignon Blanc, uva que me conquistou e que ultimamente tem sido minha primeira opção nos restaurantes. Já conhecia o 2011 embora não comentei por aqui por não ter tomado notas, mas ainda assim digo que o vinho é muito bom e de boa acidez, e na minha opinião vai melhorar com o tempo, embora já esteja pronto (como é isso Felipe?).

Esse 2012 tem aroma suave, floral, cítrico, até arruda! Tem cor bem clarinha, verdeal. Na boca mais suavidade, acidez delicada, no finzinho leve pinicada nos lados da língua, levemente untuoso e cítrico. Menos ácido que o 2011. Segundo informações, o 5o melhor Sauvignon Blanc da América Latina para o Descorchados. Faixa de preço: R$76,00 (O vinho é bom, mas não é barato).



Na sequência nos trouxeram o rosé 2012. Fico devendo a foto porque a garrafa veio vazia, e perde muito do seu charme sem o líquido no interior, embora o formato seja muito bonito (foi encomendada a um perfumista francês segundo informações da Monica, sommelière da VF).

Bem aromático, de acidez marcante, álcool presente. Não me conquistou, embora seja um vinho de muita qualidade. Feito com as mesmas uvas do espumante Joaquim Rosé, embora colhidas mais tarde, segue o estilo dos vinhos de provence. Foi considerado o melhor rosé nacional pelo Anuário Vinhos do Brasil e pela Folha de São Paulo. Faixa de preço: R$58,00.



Logo após veio o Joaquim 2009. Havia provado recentemente o 2008, e confesso que gostei e me surpreendi com a qualidade, o que se repetiu nessa nova safra.

Feito com Cabernet Sauvignon e Merlot (a porcentagem é desconhecida), já apresenta uma cor não tão jovem, e seu nariz é que demonstra a grande qualidade dos vinhos da Villa Francioni. Como todos os bons vinhos, eles precisam de tempo para se abrirem, fato que foi repetidamente exposto pela Monica, e assim ele fez, liberando flor, fruta, álcool, café, e depois se estabilizando num pimentão sauve (olha a cabernet aí gente). Na boca acidez, álcool, madeira. Bom vinho, mas ainda precisa de um tempinho na minha opinião. O 2008 (agora só tem meia-garrafa) já está mais pronto. São 10 meses de barril. Faixa de preço: R$48,00 (bom preço).


O vinho seguinte foi o Francesco 2008. Francesco era o pai da Agripina, que foi quem se estabeleceu nas terras catarinenses e deu início à saga da família Francioni no Brasil. Halo aquoso bem largo, vinho escuro, no nariz um impressionante café com leite! Na boca quente e final mineral (!). Um vinho muito bom, mas que também precisa de tempo. São 14 meses de barril para esse blend de Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Malbec e Syrah. Faixa de preço: R$64,00 (honesto).


Por último nos trouxeram a estrela da noite: O VF Tinto 2006. Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Malbec, com uma cor de vinho evoluído e um nariz bastante complexo. Na boca baunilha, quente, taninos presentes, apimentado, e um final muito bom, com uma persistência notável. Faixa de preço: R$117,00 (Muito bom o vinho, aí é com você leitor. Eu acho que podia ser mais barato).

Além do VF Tinto há ainda o Michelli, vinho ícone da casa e que segue uma linha mais "supertoscano", de produção limitadíssima (acho que não chega a 3000 garrafas) e com preço superior a R$300,00.

A VF usa apenas barricas francesas de primeiro uso, ainda segundo a Monica.

O representante no Rio de Janeiro é a Serrado Vinhos, que fica na Tijuca.

Visite o site, com música da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina feita exclusivamente para a vinícola.

10 comentários:

  1. Outra boa degustação, Felipe!
    Duas coisas:
    1) Ainda tenho muita cisma com os brancos nacionais, mas vou ficar de olho nesse SB.
    2) Em algum lugar (realmente não lembro onde), vi os tintos por preços bem melhores. Vou forçar a memória e voltar em algumas lojas. Acho que o Michelli, especialmente, tava bem mais em conta. Se encontrar, te aviso.
    Abs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vitor, eu também estava cismado até conhecer esse SB deles, que gostei muito, embora - repito - ache um pouco caro.
      Outro que gostei bastante, até mais que esse da SB, foi o da Suzin, também lá da serra catarinense.
      Já bebi o Chardonnay da VF, que não estava na degustação, achei ácido demais (chama-se Lote II), mas infelizmente não lembro qual safra.
      Ainda não provei o RAR Viognier mas dizem ser muito bom.
      Abraço!

      Excluir
    2. Ah, fico esperando caso você encontre alguma coisa com bons preços!

      Excluir
  2. Felipe,
    Achei, mas subiram um pouco, já não são pechinchas.
    Carreguei aqui:
    http://imageshack.us/a/img197/8744/auf.jpg
    http://imageshack.us/a/img94/2604/27wz.jpg
    Abs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Realmente esse preço do Michelli, embora ainda caro, está MUITO mais em conta que aqui no Rio.
      Já o tinto, tá mais ou menos o que paguei na Lidador.
      Onde fica essa loja?
      Abraço.

      Excluir
    2. É um supermercado de Cascavel/PR, o Beal.
      Eles montaram uma adega muito bacana no subsolo. Já têm site, mas ainda não fazem venda online. Eles são concorrentes do Muffato, tb originário de Cascavel, então a disputa baixa os preços. Além disso, a proximidade com a fronteira os obriga a trabalhar com margens apertadas:
      www.adegabeal.com.br/adega
      Abs.

      Excluir
    3. Ah, tem muito mais coisa na loja que no site.

      Excluir
    4. Que bom! Quando você vem ao Rio? Rsrsrsrs

      Abraços e obrigado pela dica.

      Excluir
    5. Ih, cara, vai demorar...
      Tô enrolado, morando em Londrina, mas trabalhando muito em Cascavel e Toledo. Faz tempo que não vou pro Rio. Tava querendo pegar um Brunello 2006 da Agricoltori Geografico no Zona Sul, mas já tô com medo de acabar. No site, só tem o 2007 agora.
      Abs.

      Excluir
    6. Sem problema, na verdade foi mais uma brincadeira mesmo.
      Caramba, são mais de 300km né?
      Vou dar uma olhada por aqui, se por ventura surgir uma promoção, falo com você.

      Excluir