sábado, 20 de abril de 2013

Parinacota 2009



A bodega Volcanes de Chile - isso mesmo, bodega - assim se chama, da mesma forma que na Argentina e na Espanha, pois compra suas uvas de produtores contratados e não dispõe de um vinhedo - ainda.

É uma das 3 grandes marcas do conglomerado Vinos de Pacifico, constituída também pela Talagante e pela Viña Undurraga, e está localizada dentro das terras da Undurraga, exatamente em Talagante.

O Chile é o território mais vulcânico do mundo, e o nome realmente é interessante e bem escolhido. Seus vinhos são produzidos com uvas de terrenos de origem vulcânica.

O único vinho assim, de origem vulcânica, que eu havia provado antes foi o ótimo Kankana del Elqui, da Viña San Pedro. Não acredito que haja muitos mais assim pelo mundo, visto que no próprio Chile ainda são poucos.

Parinacota é o nome de um vulcão no extremo norte do Chile. As uvas entretando vêm do vale do Maule, das colinas vulcânicas de Cauquenes, formadas por depósito de lava e cinzas.

Trata-se de um corte de Syrah em uma base de Carignan, uva muito plantada no Maule, em vinhedos bem antigos, e que estão sendo resgatados por um movimento chamado Viñateros de Carignan, mas isso é assunto para outro post.

Ao ser aberto revelou um púrpura bem escuro, com álcool ainda no nariz combinado a azeitonas pretas e algo mineral. Depois se abriu mais, revelando fruta negra e algo doce, ajudado bastante pelos 15 meses em barricas.

Na boca potente, denso, concentrado, mineral, aveludado, taninos firmes e algum álcool. Para quem gosta de potência e sabor. Eu gostei muito. Uma experiência, digamos, vulcânica. Rs.

Diga-se de passagem, pela primeira vez a descrição de um vinho no contrarrótulo (de acordo com as novas regras da ortografia) foi quase certeira.

Parabéns à enóloga María del Pila Díaz

Nota -> 4 de 5.

Preço -> R$ 112,50 na Cavist.

Site -> Bodega Volcanes de Chile.

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