Qual enófilo por aí ainda não se viu na seguinte situação: escolher um vinho num restaurante caro, onde muitos nomes conhecidos figuram com valores estratosféricos completamente em desacordo com o que o vinho apresenta?
Pois é, nessas horas eu busco algo que possa nortear a escolha, que faça a dor de pagar o alto e absurdo valor por um vinho seja amenizada pelo menos num bom vinho.
Que bom que essa foi mais uma vez que consegui. É difícil, eu afirmo. Geralmente busco casar preço com idade e proposta do vinho, e é claro, vendo o que o pessoal sentado à mesa escolheu para comer.
Este vinho era um dos mais "baratos" da lista que continha bebês (falando de tintos, safras 2012, 2013) em sua maioria, que pelas opções certamente amarrariam a boca de todos à mesa, que conhecidamente prefeririam vinhos mais elegantes e menos vigorosos (sogra, cunhada e meu amor). Havia ainda a opção Crianza, mas optei pela Reserva.
Aproveito para deixar a crítica às cartas de muitos restaurantes: optam por nomes e não pela harmonização em si.
A Espanha é o país que tem essas denominações bem organizadas. No caso da denominação Rioja: Crianza, Reserva e Gran Reserva.
- Crianza: o vinho precisa amadurecer pelo menos 12 meses em barricas e mais 12 meses em garrafa.
- Reserva: o vinho precisa amadurecer pelo menos 24 meses em barricas e mais 12 meses em garrafa.
- Gran Reserva: o vinho precisa de 2 anos em barricas e 3 anos em garrafa.
Esse aqui passou 26 meses em barricas.
Pois bem, ele caiu como uma luva. Seus 8 anos nos brindaram com um caldo elegante e saboroso, jugoso como diriam meus amigos argentinos. Nuances adocicadas, fácil de beber, com fruta ainda presente.
Tudo no lugar, deu conta do recado e animou.
Curiosidade: Dios Ares é o Deus Ares, Deus da Guerra na Grécia Antiga.
Nota -> 3.5 de 5.
Preço -> absurdos R$138,00 no restaurante.
Site -> Bodegas Pujanza.
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