“No vinho estão a verdade, a vida e a morte. No vinho estão a aurora e o crepúsculo, a juventude e a transitoriedade. No vinho está o movimento pendular do tempo. Nós mesmos somos parte do vinho e da vinha. No vinho espelha-se a vida”. (Roland Betsch)
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Torii Cabernet Sauvignon 2008: à moda antiga
Com a queda vertiginosa de temperatura ontem ao fim do dia aqui no Rio de Janeiro, minha geladega se abriu sozinha e esticou a mão oferecendo este vinho nacional de minúscula produção.
Brincadeiras à parte, realmente estava há um tempinho querendo provar esse Cabernet Sauvignon, visto a ótima impressão que tive com o Sauvignon Blanc 2010 e com o espumante deles.
Sugiro leitura do post do Sauvignon Blanc 2010 onde há um resumo da história da vinícola.
Ao abri-lo, sua cor rubi já mostra alguma evolução. Foi fácil identificar um aroma de fruta vermelha bem fresca, com aquela sensação de leve umidade. Ele vai se abrindo aos poucos, sempre mantendo essa fruta, e depois somando algo mais de ervas.
Na boca podemos sentir os taninos presentes, porém bem integrados, denotando a madeira de boa qualidade. A acidez está em foco, e a fruta e as ervas se repetem na boca, com as ervas bem presentes depois de um tempo. Boa persistência, e o final é gostoso.
Esse vinho vai mais na linha do velho mundo, e acredito que aguente mais um ou dois anos na garrafa se bem conservado. Ficou 12 meses em barricas de carvalho e possui um pequeno corte de Merlot (% não informada).
Há um outro como esse que fica mais dois meses (14) em barricas, e que ganhou prêmio. Também adquiri e está na geladega. Pretendo guardá-lo um pouquinho mais. Vamos ver se consigo.
Ah, algum tempo depois lembrei de analisar o rótulo, e confesso que a descrição está bem em linha com o que o vinho apresentou:
Como vocês podem ver, o vinho é engarrafado na Villa Francioni, que junto com a Suzin, Sanjo, e a própria Hiragami, e mais outras tantas, vêm fazendo ótimos vinhos na serra catarinense.
Se fosse do velho mundo ia "guardar" esse post para a CBE, visto que ele poderia escoltar facilmente uma carne.
Deixei um pouco na garrafa, a qual fechei novamente com a rolha. Hoje à noite quero ver como ficou.
Nota -> 4 de 5.
Preço -> em junho paguei R$41,09 diretamente da vinícola (sem o frete - aí depende de quantas garrafas você vai comprar).
Site -> Hiragami (ainda não traz info dos vinhos). É associada da ACAVITIS.
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Fala de sua geladega, que eu já ouvi falar e gostaria de saber se pode ser "feito" em algum outro modelo, que não os da Bosch, porque eu creio que este já não fabricam mais.
ResponderExcluirCaro Wagner, antes de tudo obrigado pela visita.
ResponderExcluirBem, minha geladega é carinhosamente chamada assim por ser uma geladeira normal utilizada única e exclusivamente para acondicionar meus vinhos. Controlo a temperatura através de um termômetro na porta e conservo todos os vinhos a 9C. Não é um modelo em especial.
Agora, um dia pretendo adquirir uma Liebherr só para eles.
Abraços.