Feriado prolongado é uma bênção. Digam o que quiserem, mas passei 4 dias maravilhosos na serra, longe da agitação e do trânsito do Rio de Janeiro, junto com minha amada Isis.
Buscávamos um lugar para comer alguma coisa, mas não uma refeição, com o dia esfriando um pouco queríamos sentar e beber um vinho. Algo assim como um bistrô.
Pois bem, encontrei o Don Bistrô, com um serviço muito atencioso e capacitado, onde pela primeira vez o garçon e a garçonete me perguntavam toda vez se desejava que o vinho fosse serviço. Pode parecer besteira mas na maioria dos restaurantes eles servem o vinho como se fosse água, enchendo a taça. Não gosto disso, parece que estão empurrando o vinho para forçar a compra de outra garrafa, e também o vinho acaba por esquentar na taça, ainda mais sendo espumante, como foi o caso.
Falando então do espumante, esse foi o escolhido:
Amarelo claro e brilhante, nos brinda com aromas suaves, podemos identificar facilmente pão, flores, e algo relacionado a amêndoas ou coisa do tipo. Fora um leve adocicado que sugere frutas brancas.
Na boca é uma delícia, ampliando o que se encontra ao nariz, combinado a uma acidez correta e a uma cremosidade sensacional. Sentem-se as "pontadinhas" agradáveis na língua. É Brut mas não chega a ser doce como outros brut (sou fã dos nature).
O final é relativamente longo, você fica salivando e verificando até onde vai o sabor, que esmaece devagar.
É um belo espumante, combinado a um belo momento, a uma pessoa amada, a um belo serviço e uma bela comida, sinceramente há pouca coisa mais a se querer.
O Mario Geisse dispensa apresentações. Já havia provado esse no encontro de vinhos no Rio, mas sinceramente não me lembrava dele, apesar de haver notado que era algo de muita qualidade. Nas palavras dele, quando a primeira safra de espumantes que fez aqui no Brasil foi simplesmente melhor que tudo o que ele havia feito no Chile, não se enganou: aqui é o lugar para fazer meus espumantes. Que bom para nós que ele chegou até aqui.
A produção foi limitada a 8000 garrafas e essa foi a de número 2480. Quando o espumante é Blanc de Noir, significa que foi elaborado apenas utilizando uvas Pinot Noir. Geralmente, pelo método tradicional, utiliza-se Chardonnay e Pinot Noir, os espumantes originados da região francesa de Champagne (por isso e por seguirem as regras dessa denominação de origem são denominados 'champagnes') acabam por utilizar também a quase desconhecida Pinot Meunier.
Ou seja, esse é um espumante feito com uvas Pinot Noir mas sem extração de cor e taninos (contato com as cascas).
Nota -> 4.5 de 5.
Preço -> R$80,00
Site -> Cave Geisse.
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