“No vinho estão a verdade, a vida e a morte. No vinho estão a aurora e o crepúsculo, a juventude e a transitoriedade. No vinho está o movimento pendular do tempo. Nós mesmos somos parte do vinho e da vinha. No vinho espelha-se a vida”. (Roland Betsch)
domingo, 10 de março de 2013
Amalaya blanco 2012 e Colomé Torrontés 2011
Sábado à noite, belo jantar em Santa Teresa na casa de um casal de grandes amigos, daqueles que você reconheceu, porque grandes amigos você não faz: reconhece!
A opção foi por brancos, nas atuais temperaturas, fica difícil colocar nossos colegas tintos na roda.
A família Amalaya é muito interessante. A começar pelo nome, que significa "esperança por um milagre". Vinhos que são originados no vale Calchaquí, Cafayate, entre Salta e San Miguel de Tucumán, nordeste da Argentina.
São os chamados "vinhos de altura" da Argentina. Bem diferentes dos irmão mendocinos e igualmente deliciosos.
Para se ter uma idéia das alturas:
Este Amalaya blanco 2012 tem no frescor o seu ponto alto. Aromas cítricos bem presentes, puxando mais para as frutas mais verdes que maduras. Encara um molho branco muito bem. Composto por Torrontés com um aporte de Riesling, não evidenciado no rótulo, e que colabora com um toque mineral ao vinho.
O Colomé, 100% Torrontés, é mais estruturado, untuoso, acidez menor que o Amalaya, entrada doce. Conseguiria funcionar sozinho num dia (ou noite) quente como a de ontem. Complexo em nariz e boca, um belo vinho branco.
A Torrontés é a variedade branca da Argentina, e segundo eles próprios atinge a sua máxima expressão no vale Calchaqui. Confesso que da variedade é realmente o que de melhor bebi até hoje.
As duas são bodegas irmãs, com a Colomé fazendo os "irmãos mais velhos" dos Amalayas.
O único pesar é o preço cobrado pelos dois aqui no Brasil... São importados pela Decanter.
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