sexta-feira, 29 de maio de 2015

Puklavec & Friends Sauvignon Blanc & Pinot Grigio 2013

Há tempos que não degustava um vinho com meu grande e enófilo amigo Camilo. Nosso paladar se
aproxima então é bom porque fica sempre mais fácil levar ou abrir uma garrafa; embora abrir uma garrafa de vinho nunca tenha sido problema para nós, fora a correria que tem nos impedido.

Enfim, já havia visto esse rótulo em algumas lojas, mas não havia provado. E ao chegar ele logo foi me apresentando à garrafa.

Cores tradicionais de Sauvignon Blancs jovens (amarelo verdeal transparente), muito herbáceo ao nariz (particularmente aprecio), frutas cítricas, uma agradável sensação de frescor.

Na boca a Pinot Grigio dá o "corte" final, fazendo presença naquele gostinho de final de boca, bem característico. A "crocância" dela fica evidente com atenção, mas não é o fio condutor. A sauvignon blanc manda. Frescor confirmado, frutas, ervas, certa mineralidade.

Muito bom de se beber, acaba na velocidade da luz. Recomendo, principalmente pela faixa de preço.

Pra quem gosta de saber os prêmios, ganhou medalha de ouro na IWSC 2013.

Fiquei interessado na linha premium deles, quatro brancos.


Nota -> 4 de 5.

Preço -> um pouco mais de R$30,00

Site -> Puklavec & Friends.

In English:

It has been a long long time since I had the last bottle of wine with my great enofriend Camilo. It is cool to open a bottle together because our taste is quite the same, so we almost always open a good one for both.

Regular Sauvignon Blanc color (greened yellow), herbs on the nose (I do appreciate it), citric.

The Pinot Grigio crispness and final hints ares present, but the Sauvignon Blanc is the boss. Fresh, fruity, more herbs and a little mineral.

Very good and pleasant, ends in lightspeed. Do recommend, specially for the price.

IWSC 2013 gave him a gold medal.

I will look for their premium line.


Grade -> 4 out of 5.

Price -> In BR something close to US$12

Site -> Puklavec & Friends.


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Viña Albali Verdejo 2012


Grande surpresa. Comprado no supermercado Pão de Açúcar, fiquei intrigado pelo preço um pouco acima de R$30,00 e por ser de uma uva "não comercial", e a qual eu ainda não havia provado, e por ser de Valdepeñas.


Não poderia ter sido melhor. De cor forte, amarela, aromas muito frutados beirando o mel. Fiquei preocupado achando que seria algo enjoado, doce demais. Ledo engano.

Na boca muita untuosidade, boa acidez, algo de frutas porém não-maduras. Final levemente amargo, interessante o vinho. Recomendo.

Preço -> um pouco mais de R$30,00.

Nota -> 3.5 de 5.

Site -> Viña Albali.


In English:

Great surprise. Bought at a local supermarket, I was intrigued on its price and origin, additionally I had never had a Spanish Verdejo, definitely a non-commercial variety, at least not in Brazil.

It could not be better, inexpensive and good wine. Strong yellow color; fruity on the nose, very sweet. I was worried about the taste, I do not like those too fruity white wines.

Fortunately I was wrong.

Unctuousness, acidity, some fruits but they were almost green. In the end, light bitter taste, Interesting, fully recomended on a sunday lunch afternoon.

Price -> circa US$10.

Grade -> 3.5 of 5.

Site -> Viña Albali.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Grey [Glacier] Merlot Single Block 2010


Diferente esse Merlot chileno. Vindo de Apalta, que fica no Valle del Colchagua, terra de Carmenère e Syrah deliciosos (Casa Silva, Lapostolle, Viña Montes,etc), tem cor vermelho-sangue na taça já indicando alguma evolução. Os 18 meses em barricas de carvalho mais 5 anos trataram de dar essa cor a ele.

Aromas frutados em profusão (ameixa bem presente), tostado notável (às vezes tendo a achar que na Merlot sai muito e talvez usem demais), e algo de "remédio" (engraçado que encontro muita essa nuance em Tempranillos porteños). Também aparece algo herbáceo, como em muitos outros Merlot por aí.

Média concentração em boca, com mais ameixa, taninos muito educados, leve acidez, mais herbáceo e fruta, chocolate talvez mas algo assim bem discreto. 

Muito fácil, textura leve e funciona melhor sozinho, embora não seja de maneira nenhuma um vinho pesado. Essa linha Grey me agradou bastante até hoje. Recomendo prová-lo, até uns R$80 tá bem pago.

Dois dias depois (usando a bombinha trudeau para tirar o ar - pra mim foi uma boa compra e segura bonito o vinho até uns 5 dias se não houver reabertura nesse meio tempo) virou geleião, acidez se foi quase que completamente mas álcool ainda lá.

Nota -> 4 de 5.

Preço -> R$79,9 na Bacco e Tabacco.

Site -> Viña Ventisquero.

Ganhou esse Prêmio e Bronze no Decanter Wine Awards (safra 2007).

A querida colega enoblogueira Dama do Vinho fez um interessante podcast sobre a Merlot -> Ouça.


In English:

Diferent bottle of this chilean Merlot. Comes from Apalta, a micro-region inside the Colchagua Valley, where the famous Casa Silva, Lapostolle, Viña Montes, Santa Helena and other good Carmenère producers are located.

Blood-red in glass, showing hints of evolution, probably given by the 18 months in french oak barrels and another 5-year period in bottle.

Very fruity (blackberry noticeable), toasted (I tend to think that sometimes the winemakers use too much wood on Merlot varietals), e something like remedy. This remedy 'feeling' I very often find in Tempranillos from Argentina. Sometimes the herbs show up.

Medium concentration, more blackberry come, very polite tannins, light acidity, more herbs and maybe a bit of chocolate, when you taste it calmly.

Easy to drink, works better by himself, although it is not a heavy wine. This Grey line from Ventisquero always bring me something very good.

After two days, being helped by that Trudeau pump to suck out the air, it has become a total jam, with almost no acidity at all, but the alcohol was still there.

Grade -> 4 out of 5.

Price -> something like US$27

Site -> Viña Ventisquero.


Mumm Cuvée Réserve Brut


Posts rápidos são a solução para atraso em posts de um blog rsrs

Esse eu comprei exclusivamente para agradar à minha noiva, mas acabou agradando a mim também.

Na verdade foi a melhor opção que achei, visto que queria algo que combinasse qualidade e preço, e sinceramente isso está bem difícil atualmente, inclusive em supermercados ditos 'com uma adega considerável'.

Enfim, comprei e gostei, um charmat (também conhecido como método prosecco ou método italiano, com a segunda fermentação em garrafa) com muito frescor, notas cítricas e adocicadas. Embora não seja fabricado pelo champenoise, tem aromas muito legais, talvez até algo de pão, embora muitos puristas dizem ser impossível tê-lo no charmat...

Se fora da temperatura, enjoa um pouco, achei que poderia ser um pouco menos doce. Mas valeu.

Na faixa de preço é um dos melhores que se pode encontrar. O nome é definitivamente mais chique do que ele realmente é rs.

O interessante é que as uvas são oriundas do Valle de Uco, atualmente a área mais celebrada de Mendoza e talvez da Argentina como um todo.


Nota -> 3 de 5.

Preço -> um pouco menos de R$50.

Site -> Pernod Ricard Argentina.

In English:

When you have a lot waiting in line to be posted, the solution is to write fast posts.

This one was bought to please my love, it was the best option in terms of quality x price, since I tasted this before and knew it.

This one is made in charmat style, not champenoise. Still, despite some opinion that the Carmat does not give complexity in aromas, it has a nice nose of citric and sweet hints, full of freshness. I expreienced something bread-like too.

If served on the incorrect temperature it can be a little hard to drink because of the sweetness feeling, and it also could be a little less sweet (ok you can tell me to look for something extra-brut, but is not so common here, although I really prefer them together with the nature ones).

With this price it is one of the best acquisitions you can make here in Rio de Janeiro, in supermarkets. The taste is definitely not as fancy as its name.

Interesting: the grapes are grown in the Uco Valley, the newfoundland for quality and iconic wines in Mendoza, Argentina.

Grade -> 3 out of 5.

Price -> something like US$17.


sexta-feira, 1 de maio de 2015

Amayna Sauvignon Blanc 2013: belo!

Um homem de vez em quando quer sentar com seu amor e alguns amigos, e simplesmente conversar e beber um bom vinho. No Brasil, isso precisa estar associado a uma vontade de gastar um pouco mais numa garrafa de vinho. Uma pena pois assim esse tipo de experiência fica cada vez mais difícil de ser levada a cabo.

Bom, após pesquisar a carta de vinhos do restaurante, pude verificar o Amayna Sauvignon Blanc 2013, que apesar de ter um preço digamos avançado, estava um pouquinho de nada mais caro que nas lojas e importadoras, fazendo com que fosse o eleito.

Na taça um amarelo dourado clarinho, brilhante. 

Começou fechadão, o nariz parecia milho verde (rs). Logo depois pudemos notar algo floral e depois se abriu num frutado gostoso, alguma coisa mais adocicada, uma mistura de frutas brancas e cítricas bem maduras e doces.

Engraçado que os "lados" herbáceos estavam quase que ausentes, um pouquinho de quase nada mesmo.

Com o tempo ele me lembrou os belíssimos Sancerre que tive o prazer de beber por lá em Outubro 2013, aliás uma viagem que recomendo a todo enoblogueiro, deixando de lado o preconceito besta que se tem com os maravilhosos vinhos brancos. Alguma coisa mineral, sabe? No meio das frutas brancas. Bonito...  

Bem untuoso, muito saboroso e harmônico, com certa estrutura. Um vinhaço de Leyda, uma das melhores áreas para os brancos no Chile e na America do Sul.

Recomendo. Parabéns à Viña Garcés Silva pela coragem de vender esse vinho top de linha com screwcap. Não que eu seja contra mas definitivamente há preconceito com esse tipo de rolha.

Este vinho ganhou 93 pontos no Guía Descorchados 2015 e eleito o melhor de Leyda (eles dividem os melhores por região, bem como o melhor tinto e melhor branco).

Nota -> 4.5 de 5.

Preço -> um pouco acima de R$150, na Mistral vende mas só tem a versão amadurecida em barris de carvalho.


In English:

Sometimes you just want to drink something very nice with your girl and your friends. Unfortunately in Brazil this opportunity is granted to a few, since the prices are crazy just about everything.

Even though, I was looking for something worthy in the wine list, and found this one, which price was close to the one in winestores.

Bright light golden yellow in glass.

In nose it was closed in the beginning, started with floral hints and then fruity, white citric and ripen fruits, sweet smell.

Very few herb notes and after some time I remembered the beautiful mineral fruity Sancerre wines I had in Sancerre, in October 2013. Beautiful place and wines, if you are a white wine lover you must go there.

Oily, harmonic, tasty, somehow a beautiful structure in mouth for a white. An amazing wine from Leyda, the valley nowadays known to present us with jewels like that, fresh, fruity and mineral. A place I really want to know.

There is a famous Chilean and Argentinian wine guide called Guía Descorchados, that gave him 93 points. Deserved!

Oh, congratulations to breaking the sul american taboo of screwcap in expensive wines.

Grade -> 4.5 out of 5.

Price -> something close to US$60.


Maria Mansa Douro Branco 2013

Mais um rapidinho. Esse foi bebido em restaurante com minha amada, onde o desafio é descobrir uma garrafa que valha mais a pena, dentre tantas inflacionadas.

Malvasia, Viosinho e Gouveio, as duas últimas encontradas acho que exclusivamente em Portugal.

Bem delicado, muito boa acidez, e o final é claramente tendendo ao adocicado, talvez por conta da Malvasia. Gostoso porém no fim enjoou um pouco.

Produzido pela Quinta do Noval, que produzia apenas Vinho do Porto até algum tempo atrás.

In English:

Another express one. This one I had in a restaurant together with my beloved fiancée. Sometimes it is hard to find a good bottle with a good price in Brazilian restaurants.

Malvasia, Viosinho and Gouveio, the latter two found only in Portugal if I am not mistaken.

Delicate, very good acidity, the end is clearly sweet-oriented, maybe because the characteristics of Malvasia. Tasty but in the end I was kind of sick of it. 

Site -> Quinta do Noval.

Vega Moragona Viñas Viejas

Post rápido. Na degustação informal da Grand Cru Niterói, pude experimentar esse interessante espanhol de Ribera del Jucár.

Ribera del Jucár é uma D.O., uma denominação de origem. Embora seja a mais jovem D.O. da Espanha (em Castilla-La Mancha), lá se plantam videiras há muitos séculos.

Este viñas viejas de tempranillo (Cencibel por lá) tem aromas de ervas secas e temperos, impressão que se repete na boca. Acidez "normal" e textura média, os taninos estão lá (a Tempranillo é uma das que os tem em boa quantidade).

Interessante que esse estilo eu nunca havia encontrado na Tempranillo, que sempre se encaminha pra uma fruta vermelha dominante.

Valeu experimentá-lo, e descobrir mais essa região produtora.

In English:

This is an express post. On an informal tasting of a famous winestore here in Rio de Janeiro, I had the chance to taste this Ribera del Jucár interesting spanish wine.

It is the youngest spanish D.O. (denominación de origen a.k.a. appellation) although it is a ancient vineyard area.

This 100% tempranillo is dry-herbs and spice in nose and mouth, in a medium body and medium tannins style, with regular acidity. On the Ribera del Jucár D.O., the tempranillo grape is known as Cencibel.

Very interesting. To drink intently.

Site -> Vega Moragona.