terça-feira, 24 de maio de 2016

Argentina: Sylvestra Torrontés 2015 [English below]

Quando Bressia me vem à mente, lembro do belíssimo Profundo. Este é o seu Torrontés, com uvas do vale de Cafayate. Verdeal, bem claro e límpido.

Aromas de fruta branca madura são os que aparecem primeiro, dando lugar a algo mais herbáceo depois junto a traços minerais. Pouco floral, que geralmente vem associado à Torrontés.

A boca é de sensações doces com leve acidez. Pouca mineralidade soma-se ao conjunto. Um bom vinho, delicado e elegante, embora a meu ver haja outros mais marcantes com a uva.

My first Bressia was Profundo (sorry about the portuguese only text). It was a very nice wine.

This torrontés is from the same winery, but the grapes are from Cafayate, north Argentina and location for more mineral versions of Malbec and Torrontes. Sylvestra is the feminine form of Sylvester, variation of Silvester ('of the forest') and derived from the latin
Silva (wood, forest). 

The wine is light-green, very clear. Herbaceous hints come after a little breakout of ripen white fruit. There are very little flowers, which is common on the variety.

The mouth is a little fresh but the sweet notes are the main feature. A good and delicate wine.

Nota (points) -> 3.5 de 5

Preço -> R$74,90 (US$ 20)

Site -> Bodega Bressia.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Brasil: Cave Amadeu Rosé Brut [English below]

A Cave Geisse é conhecida por seus belíssimos espumantes, sendo o Sr. Mario Geisse reconhecido como uma das maiores autoridades no quesito.

Até hoje, todas as suas borbulhas trouxeram bastante qualidade, sabor e felicidade a esse que vos fala.

Com esse Cave Amadeu não foi diferente. É a linha de entrada da vinícola, e ainda assim dá show em muita coisa "maior" por aí.

Aromas delicados, cremoso, floral, final levemente doce (ainda mais pra mim que sou um amante dos nature), definitivamente em termos de espumante é um best-buy.

Mr Mario Geisse is one of the most capable winemaker in terms of sparkling wines, here in Brazil, and had produced even in Champagne, along with local producers.

This Rosé is definitely a best-buy, delivers flowers, is creamy and nicely crispy, although for me a little oversweet in the end (I am a nature guy).

Nota (points) -> 3 de 5.

Preço -> R$39,90 (US$11)

Site -> Cave Geisse.

Brasil: Torii Sauvignon Blanc 2014 [English below]

O que esperar de um Sauvignon Blanc nacional plantado a 1.427m de altitude?

A safra 2010 comentei aqui. Desde então mudou bastante.

O vinho adquiriu características mais minerais, menos corpo. Na taça, verdeal. Ao nariz, bem mineral, em alguns momentos pude trazer à memória alguns Sancerre, com as frutas brancas doces mescladas à pedra de isqueiro, um aroma delicioso de se sentir. Pouco herbáceo.

Não, não estou viajando. É um belo vinho - de novo. Não tenho a menor idéia de como é o solo em São Joaquim a essa altitude declarada por eles, mas deve ter a ver.

Um belo vinho branco nacional, recomendo imensamente a compra. Esse definitivamente é um porto seguro da Sauvignon Blanc nacional.

Definitivamente preciso visitar São Joaquim.

Very interesting brazilian Sauvignon Blanc, light green in glass, very mineral, those hints surrounding the delicate sweet white fruit. Low in herbaceous, seriously reminded me some Sancerre I had when visiting this beautiful city and also Pouilly-sur-Loire. 

The wine and the visit are recommended. And I definitely need to visit the wineries located at São Joaquim, in Santa Catarina state, southern Brazil.

Nota (points) -> 4 de 5.

Preço -> R$ 49,9 (US$14)

Site -> Hiragami.


Uruguai: Jano Tannat 2011 #CBE [English below]

Para o mês de Março, o tema da nossa querida confraria virtual foi “Tannat uruguaio, em qualquer faixa de preços” - sugerido pelos simpáticos Maykel e Anna do Vinho por 2.

Como sou um grande fã dos vinhos feitos com a uva, me alegrei e optei por abrir um vinho que me atiçava a curiosidade já há um tempinho.


Na taça, púrpura com o halo bem clarinho, o conjunto todo caminhando para um vermelho respeitável. No nariz, ervas secas envolvendo umas frutas ao fundo, talvez chocolate.

Na boca mais ervas secas, taninos presentes, bem seco; mas sabe aquele vinho que você não consegue entendê-lo? Ou defini-lo? Pois é, fiquei um pouco confuso. Não sei se por ter criado expectativa, ou se por ser fã de Tannat e não ter nele encontrado o que eu tanto gosto, fato é que achei o vinho meio "perdido". Minhas últimas conclusões acerca do ocorrido foi que de alguma forma fui contemplado com uma garrafa que por algum motivo estava ruim, haja vista a enorme rede de elogios feita a esse vinho pela rede, e inclusive figurou bem recomendado no Descorchados de 2013.

São apenas 2000 garrafas (as safras seguintes são bem maiores), e segundo está escrito possui um potencial de 12 anos. O nível alcoólico é mais baixo mas achei muito perceptível.

A very confusing uruguaian Tannat, with lots of dried herbs on the nose and palate, some fruit spotted somewhere between or behind the herbs.


Less alcohol than the common Tannat, a little confused in mouth, as if things were a little messed up. Maybe it was the bottle, since I have read good comments on it lately (Guía Descorchados 2013 for instance).



Nota (points) -> 3 de 5.

Preço -> R$149,9 (US$37)


domingo, 22 de maio de 2016

Chile: Viu Manent Malbec Rosé 2014 #CBE [English below]

Para o mês de maio, o tema da Confraria Brasileira de Enoblogs foi proposto pela nossa querida confrade Alessandra Esteves DipWSET : "Vinho rosé, de qualquer país, uva ou faixa de preço... mas, acompanhado de uma sugestão de harmonização (de preferência com foto), para mostrar a versatilidade desses vinhos".

Meu escolhido foi o Viu Manent Malbec Rosé, e o desafio foi pareá-lo com tacos!

O primeiro vinho que bebi da Viu Manent foi um Chardonnay, que me surpreendeu muito positivamente. Desde então, seus vinhos não deixaram a desejar.

E foi o caso deste Malbec Rosé. A Malbec na minha opinião "funciona" muito bem nos rosés, e sinceramente acho que deveria ser um pouquinho mais bem explorada nesse sentido.

Outro recado pra você que gosta da Malbec, prove os vinhos feitos com ela vindos do Chile. São bem interessantes.

Além da bonita e forte cor rosa, seus aromas delicados remeteram a frutas pequenas e ácidas e algo floral, num vinho extremamente agradável, fresco, com uma leve adstringência que ajudou muito na harmonização com os tacos. Seu final não é looongo, mas é bem honesto.

Não tirei a foto do vinho junto com o prato (desculpa Alê) mas posso dizer: funcionou bem até o vinho esquentar um pouquinho, quando o álcool apareceu bastante, e quando fui premiado com um pedaço bem apimentado de frango.

Esse na verdade é um desafio grande ao meu paladar: harmonização com pratos apimentados. Sinceramente acho bem difícil.

A very nice Malbec Rosé from Viu Manent, a winery that has showed me nice white wines and now a beautiful rosé.

No, this is not a Argentinian Malbec but a Chilean one. Yes, they do grow Malbec in Chile. And it is slightly different, if you are a big fan of the ones from La Plata land, got to prove it from the other side of the Andes mountains.

For me, Malbec goes really well in rosé style.

Besides this nice and vivid color, we find delicate flowers and small acid fruits aromas. Very pleasant, fresh and finishes with a light astringency.


Nota (points) -> 3.5 de 5

Preço -> R$59,9 (US$15)

Site -> Viu Manent.