quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Canepa Finisimo Sauvignon Blanc 2012


Após a viagem à França, retorno para os Sauvignon Blanc(s) do Chile!

O primeiro branco da Canepa que bebi foi um ótimo Pinot Grigio, que não se encontra comentado por aqui pois à época ainda não me dedicava ao blog.

Deles, foi degustado também (desta vez comentado!) o ótimo Genovino Carignan 2008.

A linha Finísimo teve um exemplar premiado em 1979 pela Gaut e Millau, revista francesa que o posicionou como quinto melhor vinho do mundo na ocasião, sendo superado apenas por expoentes franceses. Abaixo dele há os Reserva Privada e Novisimo, e acima o Genovino e o ícone Magnificum.

Bom, este adquiri na mais recente promoção da Wine. Desconto bom e frete zero, então a gente aproveita como pode rs.

Transparente, amarelo bem claro mesmo. Aromas deliciosos, relativamente complexo, muita coisa veio à cabeça, e não sei se ainda estou com os aromas dos pouilly-fumés na cabeça mas acho que esse se aproximou um pouco deles, visto ir para um lado mais mineral.

Na boca a acidez fala bem alto, o álcool está integrado e há algo de fruta. Mas, repito, a acidez toma a frente. Particularmente achei um pouco exagerada. Se você tem sensibilidade, sugiro outra opção. A Isis não curtiu muito.

O final é bem mineral, e o vinho em geral tem média persistência. Não fica muito tempo na boca mas também não vai embora rápido. É um bom vinho.

Vou dar um 4 porque no geral ele é bem trabalhado, talvez essa acidez melhore com mais um ou dois aninhos.

Ganhou medalha de prata no concurso mundial de Bruxellas - Chile, 2012.

Nota -> 3.5 de 5.

Preço -> R$45,00 (promoção na Wine, sem frete).

Site -> Canepa.

Château Puy Mouton Saint-Émilion 2008


O segundo e último tinto que trouxe de recente viagem dedicada aos brancos de Sancerre e Pouilly-Fumé, este Château Puy Mouton foi para compartilhar com os colegas confrades da Confraria 256, notadamente fãs dos vinhos franceses.

Impressionante o nariz desse vinho! Demora bastante a se abrir mas é um passeio de frutas, com algumas outras notas que vêm de carona (herbáceos, temperos...)

Na boca também surpreendeu, esperava um pouco mais de "agressão" por conta dos poucos anos, mas já se comportou de forma muito elegante. Não é pesadão, acidez agradável, o final traz até certa mineralidade e o álcool por pouco se nota.

Um belo vinho.

Nota -> 4.5 de 5.

Preço -> A Mistral cobra enormes R$187,26. Em Paris, algo em torno de € 20 (pra baixo). Faça as contas...

Site -> não tem mas aqui tem o endereço deles.

sábado, 5 de outubro de 2013

BebadoVinho direto de Paris: Champagne para a #CBE !


Seguindo o tema do mes de setembro para a CBE - Confraria Brasileira de Enoblogs - sugerido pelo colega Daniel Perches, o escolhido foi o champagne Pierre Gerbais Cuvée de Réserve.

Estou em Paris, aos poucos vou colocar o que tenho visto e bebido por aqui. Por enquanto, ai vai o primeiro post que de quebra é o post para a CBE!

Trata-se de um pequeno produtor, ao sul de Reims e Epernay, localizado em Celles-sur-Ource. Tem origem no vinhedo de Cote des Bars, o vinhedo mais ao sul da região demarcada de Champagne.

Esta região era anteriormente considerada mais como Borgonha que Champagne, e é uma extensão natural dos vinhedos que produzem as uvas para os otimos Chablis.



Esse champagne foi realmente uma surpresa! Muito bom, aromas complexos e deliciosos, mais notadamente algo relacionado a macã.

Na boca muita cremosidade e uma persistencia e final sensacionais.

Vou levar uma dessas para o Brasil, para presentear alguém muito especial e que infelizmente não pode me acompanhar!


Nota -> 4.5 de 5.

Preco -> €15.30 no produtor.

Site -> Pierre Gerbais.

 Santé!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Quinta do Ameal Escolha Branco 2007



Este vinho eu conheci ao comprar o Leyda Garuma Vineyard, na Grand Cru. Na ocasião me foi dito que era uma grande compra por conta do excelente preço, visto que não mais faria parte do portfolio da loja.

O vinho tem um amarelo forte, transparente, um aroma adocicado delicioso que denunciam os 6 meses de madeira francesa, em conjunto com algo frutado, floral e de ervas. Muito interessante a suavidade, numa complexidade também interessante, ainda que isso soe paradoxal.

Na boca a acidez é menor que dos últimos SB(s) chilenos que tenho colocado por aqui, mas longe de ser um defeito, é um vinho muito elegante e incrivelmente não-enjoativo, indo na direção contrária ao que se esperaria por conta dos aromas e relativa baixa acidez. Tem o final amarguinho, uma delícia. E o álcool nem se nota, se você se incomoda com o álcool, esse pode ser uma boa opção.

Feito 100% com a casta Loureiro, uma das muitas que só se acham em Portugal, e usada nos vinhos verdes. Seu nome deriva das notas de Louro que costumam se fazer presentes nos vinhos feitos com ela.

A Loureiro, no norte de Portugal

Ainda é conhecida como Loureira e também Galego Dourada, pros lados da Galícia (acima de Portugal, na Espanha).

O último portuga branco que bebi foi o Cartuxa Colheita Branco, e mais uma vez vou repetir: os brancos portugueses são sensacionais, embora os brasileiros prefiram os tintos.

Quem gosta de citações dos pros, este vinho já foi citado por Jancis Robinson (Wine of the week ), Steven Spurrier( Decanter-Best Old World White), Hugh Johnson, entre outros.

Para seus 6 anos, o vinho está muito bom. Os caracteres florais e a elegância conquistaram a Isis no ato! Se você quer agradar a sua namorada/esposa, e ela curte um vinho branco, é aposta certeira. E sinceramente, o preço pago está ótimo pela qualidade apresentada.


Nota -> 4.5 de 5.

Preço -> R$49,00 na Grand Cru.

Site -> Quinta do Ameal.